tag:blogger.com,1999:blog-47482702825859701692024-03-14T04:27:27.150-03:00The StandardUnknownnoreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-85636275156588802092014-02-09T09:40:00.002-03:002014-02-09T09:40:08.973-03:00<h3 class="post-title" style="background-color: white; border: none; clear: both; color: #515151; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 0px;">
<a href="http://bereianos.blogspot.com.br/2013/12/o-declinio-da-pregacao-e-decadencia-da.html" style="border: none; color: #515151; text-decoration: none;">O declínio da pregação e a decadência da igreja</a></h3>
<div class="post-header-line-1" style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px;">
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<div class="post-body" style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px; text-align: justify;">
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<span style="color: white;">.</span></div>
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-yrgAsuwguYU/UpsZlvcd0PI/AAAAAAAALgA/A4zf_KFKZy8/s1600/declinioprega%C3%A7%C3%A3o_480x252px.png" imageanchor="1" style="color: #4c4c4c; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-yrgAsuwguYU/UpsZlvcd0PI/AAAAAAAALgA/A4zf_KFKZy8/s1600/declinioprega%C3%A7%C3%A3o_480x252px.png" style="border: 0px none;" /></a></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;"><i><b>Por Pr. Judiclay Santos</b></i></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">No dia 18 de janeiro de 1548, na Cathedral of Saint Paul, no coração de Londres, um dos mais notáveis reformadores ingleses pregou uma poderosa mensagem que ecoa através dos séculos. O Sermão do Arado, pregado por Hugh Latimer, é uma trombeta do céu que ressoa sobre a igreja e exorta os pregadores.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>“Quem dera nossos prelados fossem tão diligentes para semear os grãos de trigo da sã doutrina quanto satanás o é para semear as ervas daninhas e o joio! </i>Onde o diabo está em residência e está com o seu arado em andamento, ali: fora os livros e vivam as velas!; fora as Bíblias e vivam os rosários!; fora a luz do evangelho e viva a luz das velas – até mesmo ao meio dia!; [...] vivam as tradições e as leis dos homens!; abaixo as tradições de Deus e sua santíssima Palavra<i>[...]"</i>[1]</span></blockquote>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">A dura crítica de Latimer é verdadeira, consistente e terrivelmente atual. É impressionante considerar que a realidade da igreja na Inglaterra em meados do século 16 é muito similar à realidade da igreja no Brasil, no século 21. A situação nas igrejas cristãs, salvo as honrosas e raras exceções, é de extrema pobreza e mediocridade nos púlpitos. Dominicalmente são oferecidos sermões mortos, pregações vazias, discursos inócuos, preleções insossas. A igreja tem sido submetida a uma dieta terrível: uma sopa rala que não nutre a fé. Existe um contingente expressivo de pessoas sem maturidade e estatura espiritual, e Igrejas cheias de pessoas vazias. Há muita gente sofrendo o processo de infantilização por falta da pregação da Palavra.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Uma leitura cuidadosa da História cristã mostrará que existe uma estreita relação entre a pregação da Palavra e a vida da igreja. Todas as vezes que a pregação do evangelho floresce seu impacto se torna evidente na vitalidade da igreja e na subsequente transformação da cultura.</span></div>
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<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Se alguém gastasse uma semana lendo toda a Bíblia e, na semana seguinte, se familiarizasse com os principais acontecimentos da história da igreja, o que observaria? Que a obra de Deus no mundo e a pregação estão intimamente ligadas. Onde Deus age, ali a pregação floresce. Em todos os lugares em que a pregação é menosprezada ou está ausente, ali a causa de Deus passa por um tempo de improdutividade. O Reino de Deus e a pregação são irmãos siameses que não podem ser separados. Juntos, eles permanecem de pé ou caem.[2]</span></blockquote>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">A igreja brasileira sofre por causa do declínio da pregação. A falência dos púlpitos é uma tragédia para o povo de Deus. Existem muitos palradores, mas poucos pregadores. Há uma enorme carência de homens que preguem o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.[3] Via de regra, o que se tem visto, de norte a sul do Brasil, são homens superficiais que oferecem um tipo de “alimento” incapaz de nutrir a fé. Boa parte dos cristãos não sabe o que significa o evangelho. Muitos não conhecem as verdades elementares da fé cristã. As implicações desta triste realidade são avassaladoras. O cenário evangélico brasileiro é constituído de igrejas teologicamente confusas, moralmente frouxas, socialmente inoperantes e espiritualmente decadentes.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>I. Os resultados do fracasso da pregação na vida da igreja.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1) Empobrecimento do culto cristão.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Na estrutura do culto cristão, a exposição bíblica é o principal ato de adoração. Culto público de adoração sem a pregação do evangelho não é apenas pobre, é falso. “O que vemos hoje é a marginalização do púlpito. Há uma percepção de que o púlpito é apenas um móvel decorativo no santuário e que alguém tem que usá-lo para alguma coisa”.[4] É triste e lamentável constatar a pobreza dos cultos. A falta de pregação bíblica e a quantidade de cânticos medíocres na musicalidade e heréticos no conteúdo é um escândalo. Quando a pregação não ocupa o centro no culto cristão e a Palavra perde a devida primazia na vida da igreja prevalecem o subjetivismo, o antropocentrismo, o sensacionalismo, o paganismo e todo tipo de excentricidades. Tais coisas, por sua natureza, não glorificam a Deus e não edificam a igreja de Jesus Cristo. </span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>2) Desfibramento moral da igreja.</b> </span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Se a pregação é o principal meio de graça, através do qual a igreja é santificada pela ação do Espírito Santo, onde não há pregação do evangelho a corrupção do coração é potencializada e se manifesta com maior força. Existem contundentes evidências da falta de integridade moral por parte de muitas pessoas que confessam ser cristãs. Valores e práticas incompatíveis com a Palavra de Deus se tornaram comuns no arraial evangélico. Se o profeta Oséias pregasse para essa geração de cristãos no Brasil, sua mensagem seria: “<i>Volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus, porque, pelos teus pecados, estás caído</i>”.[5] A exortação do Cristo ressurreto à igreja em Sardes é bem adequada à igreja brasileira: “<i>... não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus</i>”.[6] Uma das razões pelas quais a igreja padece de fraqueza moral é porque “há uma tendência dos púlpitos modernos a propagar uma mensagem que informa, mas não transforma, que diverte mas não converte” (Abgel).</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>3) Confusão doutrinária no seio da igreja. </b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">João Calvino, grande teólogo e experiente pastor, afirmou que “a ignorância é mãe de todas as heresias”. Onde a verdade é negligenciada floresce o erro. O Brasil, conhecido por sua cultura mística de profundas raízes no paganismo, é terreno fértil para a proliferação de ensinos errados. As matizes, quer seja, a pajelança indígena, os ídolos do catolicismo romano, os rituais afro-ameríndios, o kardecismo anglo-saxão ou as seitas “evangélicas”, conspiram contra o genuíno evangelho. Nesse cenário de múltiplas divindades, variados cultos e tantos credos, o enfraquecimento do magistério da Palavra e a negligência da pregação tornam a igreja vulnerável e criam o ambiente para o sincretismo. Não seria essa a triste realidade da igreja evangélica no Brasil?</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>4) Decadência espiritual.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Um púlpito fraco é a maior tragédia da igreja. Spurgeon estava certo ao afirmar que “o mais maligno servo de Satanás que conheço é o ministro infiel do evangelho”.[7] O fracasso da pregação é a causa primária da miséria espiritual da igreja. Sempre que a igreja é transformada em teatro da fé, o púlpito em vitrine de vaidades, o culto em serviço de entretenimento e o pastor em animador de auditório, a decadência espiritual é inevitável. À luz das Escrituras, a falta de santidade, devoção, misericórdia, sabedoria, compaixão, fervor, piedade, vida e amor são evidências do declínio espiritual. A igreja tem dado sinais de fraqueza espiritual e existem algumas razões pelas quais isso acontece. O notável João Crisóstomo indica uma delas. "Quando você vir uma árvore cujas folhas estejam secas e murchas, algo de errado está acontecendo com as suas raízes; quando você vir um povo indisciplinado, sem dúvida, os seus sacerdotes não são santos".[8] A igreja que tolera um pastor negligente no ministério da pregação comete suicídio. </span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>II. Fatores contribuintes para o declínio da pregação.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">O declínio não foi súbito, mas gradual. Um estudo criterioso apontará as razões pelas quais a glória da pregação ter sido apagada. O renomado Dr. Albert Mohler[9] aponta alguns elementos significativos, dentre os quais, destacamos três:</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1) A pregação contemporânea sofre de perda na confiança no poder da Palavra.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Muitos pregadores não creem na autoridade da Bíblia como Palavra de Deus. É impressionante constatar a quantidade de pastores que deveriam nutrir a fé da igreja a partir da pregação da Palavra, mas não o fazem porque não confiam que de fato a Bíblia é a Palavra de Deus. Se um homem nega a inspiração, autoridade e suficiência da Escritura, ele não está qualificado para pregar. </span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>2) A pregação contemporânea sofre de obsessão por tecnologia.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Vivemos em uma sociedade de forte apelo audiovisual. O emprego de novas tecnologias não deve ser descartado, mas avaliado criteriosamente. O risco não é usar esses recursos, mas se tornar escravo deles. Um pastor não pode gastar mais tempos preparando slides para apresentar o seu sermão do que estudando o texto bíblico e orando diante de Deus, por si e pelos seus ouvintes. Como bem observou o dr. Moller, Deus decidiu ser ouvido e não visto. </span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>3) A pregação contemporânea sofre de focalização em necessidades sentidas.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">A principal necessidade do ser humano é a paz com Deus por meio de Cristo. Desconsiderar essa verdade torna o púlpito um centro de aconselhamento para tratar realização profissional, saúde financeira e relacionamentos interpessoais. A psicologização do púlpito é uma triste realidade no cenário evangélico brasileiro. Enquanto os pregadores gastam tempo falando sobre os sete passos para melhorar o casamento, muitos casais nada sabem sobre o que significa o texto: “<i>Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela</i>”.[10]</span></div>
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<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">O pastor moderno precisa voltar-se para o estudo profundo das Escrituras e para a pregação expositiva da revelação divina. Pequenos sermões tópicos, carregados de ilustrações sentimentais, que se ouvem nos púlpitos, [...] não satisfazem as mais profundas necessidades espirituais dos ouvintes”.[11]</span></blockquote>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Felizes são as igrejas cujos pastores pregam a Palavra de Deus. A história testemunha que as igrejas que mais crescem espiritualmente são aquelas que valorizam a pregação. Enquanto o púlpito não ocupar a primazia no culto não haverá edificação.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>III. Encorajamento aos pregadores.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">A Reforma Protestante, a despeito de todas as acusações de seus detratores, deixou um glorioso legado para o cristianismo, o resgate da pregação pública da Palavra de Deus. Os reformadores não inventaram a pregação, mas certamente lutaram para que ocupasse a primazia no culto cristão. Eles exortavam os que estavam sob a sua liderança a buscar excelência na pregação da Palavra. John Owen declarou que “o primeiro e principal dever de um pastor é alimentar o rebanho pela pregação diligente da Palavra”. Para tanto, eles tinham um pressuposto e uma motivação. Primeiro, eles entendiam que a pregação da Palavra de Deus é “um meio de graça indispensável e sinal infalível da verdadeira igreja” (Calvino). Segundo, a incansável luta desses gigantes da fé tinha como alvo a glória de Deus. Sendo essa a motivação primária para subir ao púlpito e anunciar o evangelho da graça. Deus é glorificado quando a igreja é edificada, e isso acontece através da diligente e fiel pregação da Palavra.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Martin Lloyd-Jones disse que a pregação é a tarefa mais importante do mundo. Calvino entendia que o púlpito é o trono de onde Deus governa a sua igreja. A reforma da igreja começa no púlpito da igreja. “O avivamento da igreja acontece quando se acende uma fogueira no púlpito”. (D. W. Moody).</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Uma palavra de encorajamento.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1) Pregue a palavra.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.</i>[12]</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Uma grande honra é sempre acompanhada de uma grande responsabilidade. A exortação de Alexander Wyte é muito oportuna: “Nunca pense em abrir mão da pregação! Os anjos em derredor do trono invejam sua grandiosa obra.” </span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>2) Estude exaustivamente o texto.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Sem disciplina nos estudos não é possível pregar com excelência. “Pregação que não custa nada não vale nada”, exortava John Henry Jowett. O pastor deve dedicar-se aos estudos e a preparação do sermão. Alguém sugeriu que para cada minuto de pregação o pregador deveria investir uma hora de preparação. Pode parecer muito, ou até mesmo impraticável, mas o ponto é que o preparo é fundamental. Segundo Spurgeon, o príncipe dos pregadores, “aquele que cessa de aprender cessa de ensinar. Aquele que não semeia nos estudos não colhe no púlpito”. </span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>3) Crie pontes entre o mundo bíblico e o contemporâneo.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Não torne a sua pregação uma coisa enfadonha e sem sentido. Conheça a Escritura, mas também o povo para o qual você prega. Mostre as pessoas a conexão entre o texto bíblico e a vida delas. Use ilustrações vivas e verdadeiras. Uma boa ilustração é como janelas em uma casa, iluminam e arejam o ambiente. A viva e eficaz Palavra de Deus precisa ser comunicada com clareza, a fim de que haja uma correta aplicação para os ouvintes. </span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>4) Seja humilde: você depende da graça de Deus.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Certo pregador subiu ao púlpito cheio de confiança em si mesmo. Foi um completo fracasso. Então alguém lhe disse: Se você subisse como desceu (humilde) teria descido como subiu (confiante). A humildade é uma virtude que faz toda diferença na vida do pregador. Os talentos não são suficientes. Para obter a bênção de Deus no exercício da pregação é necessário suplantar a soberba e pregar na completa dependência do Senhor. McCheyne acertou ao dizer que “não é tanto os talentos o que Deus abençoa, mas uma grande semelhança com Jesus. Um ministro de vida santa é uma tremenda arma nas mãos de Deus”.[13]</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>5) Ore invocando a presença do Espírito Santo.</b></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Sermões áridos e sem vida matam a igreja. O que torna um sermão uma pregação é o poder do Espírito. “A pregação é lógica em fogo” (Lloyd Jones). Todo pregador deve buscar a unção do Espírito, sem o qual os frutos são impossíveis. Em uma época de aguda fraqueza espiritual nos púlpitos, acompanhada de inúmeras conversões fabricadas pela manipulação das emoções humanas, todo pregador deveria levar em consideração as palavras do apóstolo Paulo, um dos maiores pregadores da história do cristianismo: “<i>porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós</i>”.[14]</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Em suma, sem pregação bíblica, proclamada no poder do Espírito Santo, não há esperança para a igreja brasileira. Deus tenha misericórdia de nós.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">* Texto publicano no site da Edições Vida Nova (<a href="http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=356" style="color: #4c4c4c;" target="_blank">Teologia Brasileira</a>)</span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: #cccccc;">__________________________________</span></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[1] LATIMER, Hugh. Cita</span><span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">do por STOTT, John. Eu Creio na Pregação. Vida: São Paulo, 2001, pp. 27-28.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[2] OLYOTT, Stuart. Pregação Pura e Simples. Fiel: SJC, 2008, p. 23.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[3] Efésios 3.8.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[4] MOHLER, Albert. Apascenta o meu rebanho. Cultura Cristã: São Paulo, 2009, p. 25.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[5] Oséias 14.1.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[6] Apocalipse 3.2.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[7] SPURGEON, Charles H. O Ministério Ideal, Vl 2. PES: São Paulo, 1990, p. 65.</span></div>
<div>
<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[8] CRISÓSTOMO, In: Homilias sobre o Evangelho de Mateus (38), citado por SPENER Filipe Jacob, Pia Desideria, p. 26.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[9] MOHLER, Albert. Deus não está em silêncio. Fiel: São José dos Campos, 2011, pp. 22-28.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[10] Efésios 5.25.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[11] CRABTREE. A Doutrina Bíblica do Ministério Pastoral. Rio de Janeiro: Juerp, 1981, p. 81.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[12] 2 Timóteo 4.1-2.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[13] MCCHEYNE, Robert M. Citado por STOTT, John. O perfil do pregador. São Paulo Vida Nova, 2005, p. 114.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">[14] 1 Tessalonicenses 1.5.</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">***</span></div>
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<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><b>Fonte:</b> <a href="http://judiclaysantos.blogspot.com.br/2013/11/o-declinio-da-pregacao-e-decadencia-da.html" style="color: #4c4c4c;" target="_blank">Blog do autor</a>;</span><span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"> Texto publicano no site da Edições Vida Nova (</span><a href="http://www.teologiabrasileira.com.br/teologiadet.asp?codigo=356" style="color: #4c4c4c; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;" target="_blank">Teologia Brasileira</a><span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">)</span></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-46054428639935348632009-12-16T18:58:00.003-03:002010-01-08T08:23:43.707-03:00REFLEXÕES PARA O ANO NOVO<div style="text-align: center;">REFLEXÕES PARA O ANO NOVO<br /></div>AUTOR : C H SPURGEON<br /><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold; font-style: italic;font-size:130%;" > Ora, irmãos, com respeito ao ano que se aproxima, eu espero que ele seja um<br />ano de felicidade para vocês, — de forma muito enfática desejo a todos vocês um<br />Feliz Ano Novo, — mas ninguém pode ter certeza de que ele será um ano livre de<br />dificuldades.<br /> Pelo contrário, tenha a segura confiança de que não será assim, porque, como<br />é certo que as faíscas sobem para o alto, o homem nasce para as dificuldades.<br /> Cada um de nós possui, amados amigos, muitos rostos queridos com os quais<br />nos regozijamos — que eles possam sorrir para nós ainda por muito tempo: mas<br />lembre-se de que cada um deles pode vir a ser ocasião de tristeza durante o próximo<br />ano, porque não existe nenhum filho imortal, nenhum marido imortal, nenhuma<br />esposa imortal, nenhum amigo imortal, e, portanto, alguns deles podem morrer<br />durante o ano.<br /> Além do mais, os confortos com os quais nos cercamos podem tomar para si<br />asas antes que o ano cumpra seus meses. As alegrias terrenas são todas como que<br />feitas de neve, se desfazem com a mais leve brisa, e se vão antes de terminarmos de<br />agradecer sua chegada. Pode ser que você tenha um ano de seca e escassez de pão;<br />pode ser que anos magros e desagradáveis lhe estejam reservados.<br /> Sim, e ainda mais, talvez durante o ano que já está quase amanhecendo você<br />possa recolher seus pés à cama e morrer, para encontrar-se com Deus Pai.<br /> Pois bem, com relação a este ano que está próximo e suas possibilidades<br />desoladoras, devemos viver cabisbaixos e tristonhos? Devemos pedir a morte ou<br />desejar nunca ter nascido? De modo algum. Devemos, por outro lado, viver de<br />forma despreocupada e risonha em todas as circunstâncias? Não, isso soaria doentio<br />nos filhos de Deus.<br /> O que faremos? Iremos pronunciar esta oração: “Pai, glorifica teu nome.”<br /> Isto significa dizer: se devo perder minha propriedade, glorifica teu nome na minha pobreza; se devo ser roubado, glorifica teu nome em meu sofrimento; se devo ser<br />morto, glorifica teu nome em minha partida.<br /> Quando você ora nesta disposição, seu conflito finda, nenhum pavor exterior<br />permanece se tal oração surge de seu íntimo, você tem nela rejeitado todos os<br />presságios fatídicos e pode, de forma lúcida e tranqüila, trilhar seu caminho pelo<br />desconhecido amanhã. <br /> <br /><br />Tradução: Márcio Santana Sobrinho.<br />Fonte: A Golden Prayer, 30 de dezembro de 1877.<br /> M one r gi sm o.c om – “A o S e nhor p er t e nce a s al v a çã o” (Jona s 2:9 )<br />ww w.monegismo .com </span><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-89163847776499821962009-12-15T19:22:00.009-03:002009-12-15T19:30:37.150-03:00O Primeiro Coral de Natal<blockquote style="font-family: times new roman; font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 0);"> <blockquote> <p> </p> <p align="center"><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 153);"><span style="font-size:180%;">O Primeiro Coral de Natal</span></span><br /> (The First Christmas Carol)<br /></p><div style="text-align: center;"> Um Sermão (Nº 168)</div> <p align="center">Pregado na Manhã de Domingo, 20 de Dezembro de 1857 pelo</p> <p align="center">Reverendo C. H. Spurgeon</p> <p align="center">No Music Hall, Royal Surrey Gardens – Inglaterra</p> <p align="justify"> </p> <p align="justify"> “<span style="color: rgb(255, 0, 0);">Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens</span>”. (Lucas 2:14) </p> <p align="justify">É SUPERTICIOSO adorar anjos; mas é correto amá-los. Embora isto possa ser um grande pecado e um ato de contravenção contra a Soberana Corte do Céu, pagar a menor adoração ao mais poderoso anjo, todavia pode ser mau e inadequado, se nós não dermos aos santos anjos um lugar em nossos corações. De fato, aquele que contempla o caráter dos anjos, e percebe seus vários atos de simpatia para com os homens, e bondade para com eles, não pode resistir o impulso de sua natureza – o impulso de amor para com eles. O único incidente na história angelical, sobre o qual nosso texto se refere, é suficiente para unir nossos corações a eles para sempre. Quão libertos de inveja os anjos são ! Cristo não veio do céu para salvar seus companheiros quando eles caíram. Quando Satanás, o mais poderoso anjo, arrastou com ele uma terça parte das estrelas do céu, Cristo não Se inclinou do Seu trono para morrer por eles; mas deixou-os para serem reservados na escuridão e em prisões eternas até o último grande dia. Contudo, os anjos não invejaram os homens. Embora eles lembrassem que Ele não tomou os anjos, todavia não murmuraram quando Ele tomou a descendência de Abraão; e embora o bendito Mestre nunca tenha condescendido para tomar a forma dos anjos, eles não pensaram nisso impedindo-os de expressar sua alegria quando encontraram-Lo vestido no corpo de um infante. Quão livres, também, eles foram do orgulho ! Eles não se envergonharam de vir e contar as boas novas aos humildes pastores. Creio que eles tinham tanto prazer em emanar suas melodias aquela noite diante dos pastores, que estavam vigiando seus rebanhos, como ele teriam se tivessem sido ordenados pelo seu Mestre para cantar seu hino nos átrios de César. Meros homens – homens possessos de orgulho, pensam ser uma coisa fina pregar diante de reis e príncipes; e pensam ser uma grande complacência de vez em quando ter que ministrar à humilde multidão. Não são assim os anjos. Eles esticaram suas desejosas asas, e com satisfação moveram-se de seus brilhantes assentos acima, para contar aos pastores no campo à noite, a maravilhosa história de um Deus Encarnado. E notem quão bem eles contaram a história, e certamente vocês irão amá-los ! Não com uma língua gaguejante, que conta um conto no qual ela não tem interesse; nem mesmo com o dissimulado interesse de um homem que move as paixões dos outros, quando ele mesmo não sente nenhuma emoção; mas com alegria e satisfação, como somente os anjos podem saber. Ele cantaram a história, porque eles não poderiam esperar para contar em uma pesada prosa. Eles cantaram: “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens”. Creio que eles cantaram isso com alegria em seus olhos; com seus corações queimando com amor, e com os peitos cheios de alegria como se as boas novas para o homem tivessem sido boas novas para eles mesmos. E, verdadeiramente, eram boas novas para eles, porque o coração de simpatia faz das boas novas aos outros, boas novas para eles mesmos. Vocês não amam os anjos ? Vocês não se curvam diante deles, e aí vocês estão certos; mas vocês não os amam ? Fazer isto não faz uma parte de sua antecipação do céu, visto que no céu vocês habitarão com os santos anjos, bem com os espíritos dos justos aperfeiçoados ? Oh, quão doce pensar que aqueles santos e amáveis seres são nossos guardiões toda hora ! Eles observam com vigilância assídua sobre nós, tanto na ardente maré do meio-dia, como na escuridão da noite. Eles nos guardam em todos nossos caminhos; eles nos sustentam nas suas mãos, para que não tropecemos com nossos pés em pedras. Eles incessantemente ministram em favor daqueles que sãos os herdeiros da salvação; tanto de dia como de noite eles são nossos vigias e guardiões, porque vocês sabem que “o anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. </p> <p align="justify">Deixemos de lado, tendo justamente pensado sobre os anjos por um momento, para pensar mais sobre esta canção, do que sobre os anjos em si mesmos. A canção deles foi curta, porém, como Kitto de forma excelente observa, ela foi “digna de anjos, expressando a maior e mais benditas verdades, em tão poucas palavras, que elas tornaram-se uma aguda apreensão, quase opressiva pela abundante plenitude de seu significado.” “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Iremos, esperando sermos assistidos pelo Espírito Santo, olhar para estas palavras dos anjos em quatro partes. Sugerirei alguns pensamentos instrutivos levantados sobre estas palavras; então alguns pensamentos emocionais; então um poucos pensamentos proféticos; e depois, um ou dois pensamentos preceptivos. </p> <p align="justify"> </p> <p align="justify"><strong>I </strong>. Primeiro então, nas palavras de nosso texto. Há muitos <strong>PENSAMENTOS INSTRUTIVOS </strong>. </p> <p align="justify">Os anjos cantaram algo que os homens puderam entender – algo que os homens deviam entender – algo que faria os homens muito melhores se eles o entendessem. Os anjos estavam cantando sobre Jesus que nasceu em uma manjedoura. Nós devemos olhar sobre esta canção como sendo construída sobre este fundamento. Ele cantaram sobre Cristo, e a salvação que Ele trouxe para este mundo para desenvolver. E o que eles disseram desta salvação foi isto: eles disseram, primeiro, que isto deu glória a Deus; segundo, que isto deu paz aos homens; e, terceiro, que isto foi uma prova da boa vontade de Deus para com a raça humana. </p> <p align="justify">1. Primeiro, eles disseram que esta salvação deu glória a Deus. Eles estiveram presentes em augustas ocasiões, e tinham tomado parte em muitos solenes coros em louvor a seu Criador Todo-Poderoso. Eles estavam presentes na criação: “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam” (Jó 38:7). </p> <p align="justify">Eles viram formar-se a multidão de planetas na palma da mão de Jeová, e serem por Sua eternas mãos lançados na infinitude do espaço. Haviam entoado solenes melodias sobre numerosos mundos criados pelo Todo-Poderoso. Haviam cantado, não duvidamos, com freqüência: “Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre.” (Apocalipse 7:12) Não duvido, também, que seu canto foi acumulando força durante o transcurso das eras. Como quando foram primeiramente criados, sua primeira respiração foi um canto, assim quando eles viram Deus criar novos mundos, então sua canção recebeu outra nota; se foram elevando em escada da adoração. Porém, esta vez, ao ver Deus descer de Seu trono, e tornar-se um bebê, repousando no seio de uma mulher, elevaram ainda mais a nota; e chegando ao extremo limite da música angelical, entoaram as notas mais sublimes da escala divina das adorações e cantaram: “Glória a Deus nas alturas”, porque sentiram que à maior altura não se pode chegar, nem ainda a própria bondade divina. Assim, o tributo de sua adoração mais sublime se rendeu ao ato mais sublime da divindade. </p> <p align="justify">Se é verdade que existe diferentes categorias de anjos, elevando-se por grau sua magnificência e dignidade – se o apóstolo nos ensina que há “anjos, tronos, dominações, principados e potestades”, entre este habitantes benditos do mundo superior e invisível, posso supor que quando a notícia primeiro se comunicou aos anjos nos confins do mundo celestial, quando miravam desde o céu e viram ao menino recém-nascido, eles enviaram as novas de volta ao lugar onde se originou o milagre, cantando: </p> <p align="center">“Anjos, seres celestes do reino de glória,<br /> Para terra, velozes, desçam voando,<br /> Vós, que cantais a história da criação,<br /> Agora proclamar o nascimento do Messias;<br /> Vinde e adoremos,<br /> Adoremos Cristo, o recém-nascido Rei.”<br /> </p> <p align="justify">E conforme a mensagem corria de categoria a categoria, até os anjos da presença, aqueles quatro querubins que perpetuamente servem ao redor do trono de Deus – aquelas rodas com olhos - colheram a melodia e resumindo o canto de todos os graus inferiores, sobrepujaram o divino pináculo de harmonia com seu próprio e solene canto de adoração, ao que prorrompeu todo o exército: “Adorai, céu dos céus: Glória a Deus nas alturas.” Ah ! Não há mortal capaz de imaginar a magnificência daquele canto. Então, notem que, embora os anjos cantassem antes e quando o mundo se formou, seus aleluias foram mais cheios, mais potentes, mais magníficos, se não mais cordiais, quando eles viram Jesus Cristo nascido da virgem Maria, para ser o Redentor do homem: “Glória a Deus nas alturas.” </p> <p align="justify">Qual é a lição instrutiva para ser aprendida desta primeira sílaba do cântico dos anjos ? Naturalmente esta: que a salvação é a maior glória de Deus. Ele é glorificado por cada gota de orvalho que brilha ao primeiro raio de sol. Ele é magnificado em cada flor que floresce no bosque, ainda que viva oculta e ostente suas cores fora da vista humana, e desperdice sua doçura no ar da floresta. Deus é glorificado em cada pássaro que gorjea no ramo; em cada cordeirinho que salta no prado. Não Lhe louva os peixes do mar, desde o minúsculo peixinho até o enorme Leviatã ? Não bendiz e louva Seu nome todas as criaturas que nadam sobre as águas ? Não Lhe exaltam todas as coisas criadas ? Há algo debaixo do céu, exceto o homem, que não glorifique a Deus ? Não Lhe exaltam as estrelas ao escrever com letras de ouro Seu nome sobre o azul-celeste do céu ? Não Lhe adoram os relâmpagos quando refletem seu esplendor em setas de luz, penetrando a escuridão da meia-noite ? Não Lhe exaltam os trovões quando estrondam como tambores à marcha do Deus dos exércitos ? Não lhe exaltam todas as coisas, desde as mais pequenas até as mais grandes ? Canta, canta, oh universo, até tu esgotar a ti mesmo; porém jamais tu poderá oferecer um canto tão doce como o canto da Encarnação ! Ainda que toda a criação seja como um órgão majestoso de louvor, não poderá expressar jamais o conteúdo do cântico dourado – Encarnação ! Há mais nela do que na encarnação, mais melodia em Jesus na manjedoura, do que nos mundos sobre mundos girando sua grandeza ao redor do trono do Altíssimo. </p> <p align="justify">Pare Cristão, e considere isto por um minuto. Veja de que forma cada atributo é aqui magnificado. Olhe ! que sabedoria aqui. Deus tornou-se homem para que Deus possa ser justo, e justificar do ímpio. Olhe! que poder, porque onde há poder tão grande como quando se oculta o poder ? Olhe! Que poder, que a Divindade se despojou de Si mesma e tornou-se homem. Contemplai vós, que fidelidade ! Quantas promessas se cumprem neste dia ? Quantas solenes obrigações são nesta hora perdoadas ? Conte-me um atributo de Deus que não seja manifesto em Jesus; e sua ignorância será a razão porque você não tem visto assim. O todo de Deus é glorificado em Cristo; e embora alguma parte do nome de Deus esteja escrita no universo, é aqui que ele é melhor lido – nAquele que foi o Filho do Homem, e todavia, o Filho de Deus. </p> <p align="justify">Mas, deixe-me dizer uma palavra aqui antes de afastar-me deste ponto. Devemos aprender disto que, se a salvação glorifica a Deus, O glorifica no mais alto grau, e faz que as criaturas superiores O louvem, esta única reflexão deve ser adicionada – então, aquela doutrina, que glorifica o homem na salvação não pode ser o evangelho. Porque salvação glorifica a Deus. Os anjos não eram Arminianos, eles cantaram: “Glória a Deus nas alturas.” Eles crêem não na doutrina que tira a coroa de Cristo, e a coloca nas cabeças de mortais. Eles crêem não em um sistema de fé que faz a salvação depender da criatura, e, que realmente dá à criatura o louvor, porque o que é menor do que para um homem salvar a si mesmo, se a inteira dependência da salvação descansa sobre seu próprio livre-arbítrio ? Não, meus irmãos; pode haver alguns pregadores, que se deleitam em pregar a doutrina que magnifica o homem; mas em seu evangelho os anjos não têm deleite. As únicas boas novas que fizeram os anjos cantar, são aquelas que colocam Deus no princípio, Deus no fim, Deus no meio, e Deus sem fim, na salvação de Suas criaturas, e coloca a coroa intera e exclusivamente sobre a cabeça dAquele que salva sem um ajudante. </p> <p align="justify">“Glória a Deus nas alturas”, é o cântico dos anjos.<br /> <br /> <br /> <strong>2. </strong>Quando eles cantaram isto, cantaram o que nunca haviam cantado antes. “Glória a Deus nas alturas” era um velho, velho cântico; eles haviam cantado isso desde antes da fundação do mundo. Porém, agora, cantavam como se este fosse um novo cântico diante do trono de Deus: porque eles acrescentaram esta estrofe: “Paz na terra” . Eles não cantaram isto no jardim. Havia paz lá, porém esta parecia uma coisa natural, e escassamente digna de cântico. Havia mais do que paz ali; porque havia glória a Deus ali. Porém, agora, o homem caiu, e desde o dia quando o querubim com a espada flamejante expulsou o homem dali, não havia tido nenhum paz na terra, salvo no peito de alguns crentes, que tinham obtido paz da viva fonte desta encarnação de Cristo. As guerras tem se levantado desde os confins do mundo; homens têm assassinado um ao outro, aos montes. Tem havido guerras dentro como bem guerras fora. A consciência tem lutado com o homem; Satanás tem atormentado o homem com pensamentos de pecado. Não tinha havido paz na terra desde a queda de Adão. Porém, agora, quando o recém-nascido Rei fez sua aparição, a faixa com a qual ele foi enrolado era a bandeira branca da paz. A manjedoura foi o lugar onde o tratado foi assinado, segundo o qual a guerra cessaria entre a consciência do homem e ele mesmo, entre a consciência do homem e seu Deus. Foi então, naquele dia, que a trombeta soou: “Embainhai a espada, oh homem, embainhai a espada, oh consciência, porque Deus esta agora em paz com o homem, e o homem em paz com Deus.” </p> <p align="justify">Não sentis, meus irmãos, que o evangelho de Deus é paz para o homem ? Onde se pode achar paz, senão na mensagem de Jesus ? Vá legalista, trabalhe por paz com labor e dor, e tu nunca a encontrarás. Vá, tu, que confia na lei: vá tu, ao Sinai; contemple as chamas que Moisés viu, e encolha-se, e trema, e desespere-se; porque a paz não se encontra, senão nEle, de Quem é dito: “E este será a nossa paz”. E que paz é esta, amados ! Paz como um rio, e justiça como as ondas do mar. Esta é a paz de Deus que sobrepuja todo entendimento, que guarda nossos corações e mentes através de Jesus Cristo nosso Senhor. Esta sagrada paz entre a alma perdoada e Deus o perdoador; esta maravilhosa reconciliação entre o pecador e seu juiz, esta é a paz que os anjos cantaram ao dizerem: “paz na terra”.<br /> <br /> <br /> <strong>3.</strong> E, então, eles sabiamente terminaram sua canção com a terceira nota. Eles disseram: “boa vontade para com os homens.” Os filósofos têm dito que Deus tem uma boa vontade para com os homens; mas eu nunca soube de qualquer homem que derivou muito conforto de sua afirmação filosófica. Os sábios têm concluído em conseqüência do que temos visto na criação, que Deus deve ter muita boa vontade para com os homens, se não Suas obras nunca teriam sido assim construídas para seu conforto; mas eu nunca ouvi de qualquer homem que pôde se atrever a descansar a paz de sua alma sobre uma esperança tão fraca como esta. Mas eu não tenho somente ouvido de milhares, senão que os conheço, que são completamente certos que Deus tem uma boa vontade para com os homens; e se você perguntar sua razão, eles darão uma completa e perfeita resposta. Eles dizem: Ele tem uma boa vontade para com os homens porque Ele deu Seu Filho. Não se pode dar maior prova da bondade entre o Criador e Suas criaturas do que quando o Criador deu Seu Filho Unigênito e bem amado Filho para morrer. </p> <p align="justify">Embora a primeira nota seja Divina, e a segunda nota seja pacifica, esta terceira nota derrete mais meu coração. Alguns pensam de Deus como se Ele fosse um Ser carrancudo que odeia toda a humanidade. Alguns O representam como se Ele fosse alguma abstrata existência não tomando interesse em nossos assuntos. Escutai todos, Deus tem “boa vontade para com os homens”. Já sabeis o que significa boa vontade. Bem, Praguejador, você tem amaldiçoado Deus; Ele não tem executado Sua maldição sobre ti; Ele tem boa vontade para com você, apesar que você não tenha boa vontade para com Ele. Infiel, você tem pecado alto e gravemente contra o Altíssimo.; Ele não tem dito coisas duras contra você, porque Ele tem boa vontade para com os homens. Pobre pecador, tu tens quebrados Suas leis; tu tens quase medo de vir ao trono de Sua misericórdia para que Ele não te rejeite; escuta isto tu, e seja confortado – Deu tem boa vontade para com os homens, tão boa vontade que Ele tem dito, e diz isto com juramento também: “Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva”; tão boa vontade além disso que Ele tem até condescendido para dizer: “Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.” E se você disser: “Senhor, como saberei que Tu tem boa vontade para comigo?”, Ele apontará para aquela manjedoura, e dirá: “Pecador, se Eu não tivesse boa vontade para contigo, haveria Me separado de Meu Filho ? Se Eu não tivesse boa vontade para com a raça humana, poderia ter dado Meu Filho para tornar-Se um daquela raça para que Ele pudesse redimi-los da morte ?” Vós, que duvidais do amor do Mestre, contemplai este círculo de anjos; vejam seu brilho de glória; ouçam seu canto, e deixem que suas dúvidas desapareçam naquela doce música e seja enterrada em uma mortalha de harmonia. Ele tem boa vontade para com os homens; Ele está disposto a perdoar; Ele afasta as iniqüidades, transgressões, e pecados. E marquem isto, se Satanás depois adicionar: “Mas embora Deus tenha boa vontade, todavia Ele não pode violar Sua justiça, portanto Sua misericórdia pode ser ineficaz, e você pode morrer”; então escutem a primeira nota da canção: “Glória a Deus nas alturas”, e repliquem a Satanás e a todas suas tentações, que quando Deus mostra boa vontade para com o arrependido pecador, não há somente paz no coração do pecador, senão que isto traz glória a cada atributo de Deus, e assim Ele pode ser justo, e todavia justificar o pecador, e glorificar a Si mesmo. </p> <p align="justify">Eu não pretendo dizer que apresentei todas as instruções contidas nestas três sentenças, mas posso talvez ter dirigido vocês ao fio de pensamento que poderá servir para vocês durante a semana. Espero que todos durante a semana tenha um verdadeiramente feliz Natal por sentir o poder daquelas palavras, e conhecendo a unção delas: “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” </p> <p align="justify"> </p> <p align="justify"><strong>II </strong>. Em seguida, vos apresentarei alguns PENSAMENTOS EMOCIONAIS. Amigos, não enche este verso, este cântico dos anjos, vosso coração com felicidade? Quando o leio, e encontro os anjos o cantando, penso comigo mesmo: “Então, se os anjos introduziram solenemente o grande assunto do evangelho com cântico, não deveria eu pregar com cântico? E não deveria meus ouvintes viver com cânticos? Não deveriam seus corações serem alegres e seus espíritos se regozijarem?” Bem, penso, há alguns religiosos melancólicos que nasceram numa noite escura de Dezembro, que pensam que um sorriso sobre a face é ímpio, e crêem que um Cristão ser alegre e se regozijar é ser inconsistente. Ah! Eu queria que estes cavalheiros tivessem visto os anjos quando eles cantavam sobre Cristo; porque os anjos cantaram sobre o seu nascimento, embora este não fosse relacionado com eles; certamente os homens devem cantar sobre ele enquanto viverem, cantar sobre ele quando morrerem, e cantar sobre ele quando viverem no céu para sempre. Eu desejo ver no meio da igreja mais e mais um Cristianismo que canta. Os últimos anos têm gerado em nosso meio um Cristianismo grunhido e incrédulo. Agora, não duvido de sua sinceridade, mas duvido de seu caráter saudável. Digo que ele pode ser verdade e real o suficiente; Deus não permita que eu diga uma palavra contra a sinceridade daqueles que o praticam; mas é uma religião doentia. Watts acertou o ponto quando disse, </p> <p align="center">"A religião nunca foi designada<br /> Para fazer nosso prazeres menores”.<br /> </p> <p align="justify"><br /> Ela foi designada para abolir alguns de nossos prazeres, mas ela nos dá muito mais, para compensar o que ela tirou; assim, não os faz menores. Oh vós que vedes em Cristo nada senão um assunto para estimular vossas dúvidas e fazer com que as lágrimas desçam vossas faces; Oh vós que sempre dizeis, </p> <p align="center">“Senhor, que terra miserável é esta,<br /> Que não nos produz suprimento,”<br /> </p> <p align="justify">Venham vós até aqui e vede os anjos. Eles contam a sua história com gemidos, choros e suspiros? Ah não; eles clamam em alta voz: “Glória a Deus nas alturas”. Agora, imitai-os, meus queridos irmãos. Se sois professos da religião, tentai sempre ter uma apresentação alegre. Que outros fiquem de luto; mas </p> <p align="center">“Por que deveriam os filhos de um rei<br /> Ficarem de luto todos os seus dias?” </p> <p align="center"> </p> <p align="justify">Unge sua cabeça e lave o seu rosto; não aparente aos homens jejuar. Regozijai no Senhor sempre, e outra vez vos digo: regozijai. Especialmente esta semana não se envergonhem de estarem alegres. Não precisa pensar que é uma coisa ímpia ser feliz. Penitência, flagelação e miséria não são coisas muito virtuosas, apesar de tudo. Os condenados são miseráveis; que os salvos sejam felizes. Porque você deveria sustentar uma comunhão com os perdidos, pelos sentimentos de perpétuo luto? Porque não antecipar antes as alegrias do céu, e começar a cantar na terra aquele cântico que você nunca precisará terminar? A primeira emoção, então, que devemos cultivar em nossos corações é a emoção de alegria e satisfação. Bem, e qual a próxima? Outra emoção é aquela de confidência. Não estou seguro de que esteja certo em chamar isto de emoção, mas em mim ela está tão relacionada com a emoção, que me aventurarei a estar errado se estiver. Agora, se quando Cristo veio para este terra Deus tivesse enviado algumas criaturas pretas do céu, (se houvesse tais criaturas ali) para nos dizer: “ Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens ”, e se com um olhar carrancudo e uma língua gaguejante eles entregassem sua mensagem, se eu estivesse lá e ouvisse, recearia em crer neles, porque certamente deveria dizer: “Vocês não se parecem com os mensageiros que Deus enviaria – indivíduos gaguejantes como vocês – com tais boas novas como esta”. Mas quando os anjos vieram não houve dúvida da verdade que eles disseram, porque era absolutamente certo que os anjos criam nela; eles a contaram como deveriam ter contado, porque a contaram com cântico, com alegria e satisfação. Se algum amigo, tendo ouvido que um legado te foi deixado, viesse a você com um semblante solene e uma língua como um sino de funeral, dizendo, “Você sabe que alguém te deixou £ 10.000?”, certamente você diria, “Ah! Eu cuido que sim”, e riria em sua face. Mas se tu irmão repentinamente invadisse o seu quarto, e exclamasse, “O que você acha? Você é um homem rico; Alguém te deixou £ 10.000!”, certamente você diria, “Penso que isto provavelmente é verdade, porque ele parece muito feliz”. Bem, quando os anjos vieram do céu, eles contaram as boas novas da mesma forma como eles criam nelas; e embora eu tenha freqüentemente duvidado da boa vontade do meu Senhor, penso que nunca poderia duvidar disso enquanto ouvir aqueles anjos cantando. Não, devo dizer: “Os próprios mensageiros são provas da verdade, porque parece que eles a ouviram dos lábios de Deus; eles não duvidam dela; porque vejo quão alegremente eles contam as novas”. Agora, pobre alma, tu que és receosa de que Deus te destrua, e tu que pensas que Deus nunca terá misericórdia de ti, olhai para os anjos cantando e duvide se tiver coragem. Não vá à sinagoga de tristes hipócritas para ouvir o ministro que pregar com um som nasal fanhoso, como miséria em sua face, enquanto te diz que Deus tem boa vontade para com os homens; eu sei que não desejar crer no que ele diz, porque não prega com alegria em seu semblante; ele está te contando boas novas com um rosnar, e você não está disposto a recebê-la. Mas vá imediatamente à campina onde os pastores de Belém estavam sentados de noite, e quando ouvir os anjos cantando o evangelho, pela graça de Deus sobre você, poderás ver que eles manifestadamente sentem a preciosidade do conto. Bendito Natal, que traz tais criaturas como os anjos para confirmar nossa fé na boa vontade de Deus para com os homens. </p> <p align="justify"><strong>III.</strong> Eu devo trazer agora diante de vocês, o terceiro ponto. Há algumas EXPRESSÕES PROFÉTICAS contidas nestas palavras. Os anjos cantaram “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens”. Porém, olho ao redor, e o que vejo no mundo inteiro? Não vejo a Deus honrado. Vejo os pagãos ajoelhando-se diante de seus ídolos; noto os Romanistas se lançando diante dos trapos pobres de suas relíquias, e das horríveis figuras de suas imagens. Olho ao redor de mim, e vejo a tirania se assenhorear dos corpos e almas dos homens; vejo a Deus esquecido; vejo uma raça mundana em busca de Mamom; vejo uma raça sangrenta em busca de Moloque; vejo a ambição cavalgando como Ninrode sobre a terra, Deus esquecido, Seu nome desonrado. </p> <p align="justify">Foi sobre isto tudo que os anjos cantaram? Foi tudo isto que os fez cantar “Glória a Deus nas alturas?” Ah! Não. Há dias brilhantes se aproximando. Eles cantaram: “Paz na terra”. Mas ainda ouço o clarim de guerra; e o horrendo estampido do canhão: ainda não trocaram a espada por rédeas de arado e as lanças por podadeiras! As guerras ainda reinam. Foi sobre isto tudo que os anjos cantaram? E enquanto vejo guerras até o fim a terra, creio que isto foi tudo o que os anjos esperavam? Ah! Não, irmãos; o cântico dos anjos está cheio de profecia; o dia determinado nascerá com glórias. Uns poucos anos mais, e quem os viver, verá o porque os anjos cantaram; uns poucos anos mais, e o que há de vir virá, e não tardará. Cristo o Senhor virá novamente, e quando vier derrubará os ídolos de seus tronos; aniquilará toda forma de heresia e todo vestígio de idolatria; reinará de pólo a pólo com ilimitável governo; reinará quando, como um pergaminho, aqueles céus azul tiverem passado. Nenhuma discórdia afetará o reino do Messias, nenhum sangue será então derramado; eles lançarão fora os imprestáveis capacetes, e não mais estudarão para a guerra. A hora está se aproximando de quando o templo de Janus <span style="font-size:85%;">[<a href="http://www.monergismo.com/textos/chspurgeon/Natal_Spurgeon.htm#_ftn1">1</a>]</span> será fechado para sempre, e quando o cruel Marte será vaiado da terra. O dia está chegando quando o leão comerá palha com o boi, quando o leopardo deitará com a criança; quando a criança desmamada colocará sua mão na cova do basilisco e brincará com a áspide. A hora se aproxima; os primeiros raios de luz fazem feliz a era na qual vivemos. Olhai, Ele vem, com trombetas e com nuvens de glória; virá quem aguardamos com jubilosa esperança, cuja vinda será glória para os Seus redimidos, e confusão para os Seus inimigos. Ah!, irmãos, quando os anjos cantaram esta canção, ressoou um eco através dos corredores de um glorioso porvir. Este eco foi </p> <p align="center">"Aleluia! Cristo o Senhor <br /> Deus Onipotente reinará”. </p> <p align="center"> </p> <p align="justify"> Ah, e sem dúvida os anjos ouviram pela fé a complementação da canção, </p> <p align="center">"Ouvi! o som de júbilo <br /> Ruidosos como poderosos rugidos de trovão,<br /> Ou como o enchimento do mar,<br /> Quando quebra sobre a costa da praia”. </p> <p align="center"><br /> "Cristo o Senhor Deus Onipotente reinará”. </p> <p align="center"> </p> <p align="justify"> <strong>IV.</strong> Agora, tenho apenas mais uma lição para vocês, e terminarei. Esta lição é <strong>PRECEPTIVA </strong>. Desejo que todos que guardam o Natal este ano, o guardem como os anjos o guardaram. Há muitas pessoas que, quando falam sobre guardar o Natal, querem dizer a redução das vendas de sua religião por um dia no ano, como se Cristo fosse o Senhor da anarquia, como se o nascimento de Cristo devesse ser celebrado como as orgias de Baco. Há algumas pessoas muito religiosas, que no Natal nunca esquecerão de ir à igreja pela manhã; eles crêem que o Natal seja quase tão santo como o Domingo, porque eles reverenciam as tradições dos antigos. Todavia, o modo como gastam o resto do dia é mui excelente; porque se eles verem a sua cama imediatamente no começo da noite, terá sido por acidente. Eles não consideram que terão guardado o Natal de uma maneira apropriada, se não caírem na glutonaria e na bebedice. Há muitos que pensam que o Natal possivelmente não será guardado, exceto se houver grandes gritos felicidade e alegria na casa, e adicionados aos barulhos do pecado. Agora, meus irmãos, embora sejamos como sucessores dos Puritanos, não guardaremos o dia em qualquer sentido religioso, seja qual for, não adicionando nada mais a ele do que a qualquer outro dia: crendo que todo dia pode ser um Natal porque devemos saber, e desejarmos fazer de cada dia Natal, se pudermos; todavia, devemos tentar ser um exemplo para os outros de como se comportar neste dia; e especialmente visto que os anjos deram glória a Deus: façamos o mesmo. Uma vez mais os anjos disseram: “Paz para os homens”: labutemos se podemos fazer paz no próximo dia de Natal. Agora, cavalheiros idosos, vocês não abandonarão teu filho: ele te ofendeu. Trazei-o ao Natal. “Paz na terra”; vocês sabem: este é o Coral do Natal. Façam as pazes na sua família. Agora, irmãos, façam um voto de que nunca falarão de teu irmão novamente. Vá atrás dele e diga: “Oh, meu querido companheiro, não se ponha o sol deste dia sobre nossa ira”. Traga-o, e dê-lhe sua mão. Agora, Sr. Comerciante, você tem um oponente no comércio, e você tem dito algumas palavras mui duras sobre ele ultimamente. Você não consideraria o assunto hoje, ou amanhã, ou assim que puder, todavia, faça-o neste dia. Este é o modo de se guardar o Natal, paz sobre a terra e glória a Deus. E oh, se tu tens algo sobre tua consciência, qualquer coisa que te impeça de ter paz de mente, guarde teu Natal em teu quarto, orando a Deus para te dar paz; porque é paz sobre a terra, mente, paz em ti mesmo, paz contigo mesmo, paz com teu companheiro, paz com teu Deus. E não penseis que tens celebrado bem este dia até que possas cantar, “Oh Deus, </p> <p align="center">'”Com o mundo, comigo, e contigo <br /> Eu agora durmo em paz, e assim para sempre será”.<br /> <br /> </p> <p align="justify">E quando o Senhor Jesus se tornar tua paz, lembre-se, há outra coisa, boa vontade para com os homens. Não tente guardar o Natal sem ter uma boa vontade para com os homens. Você é um cavalheiro, e tem serventes. Bem, tente e coloque fogo em suas lareiras com uma larga pedaço de uma boa e sólida carne bovina para eles. Se você é um homem de riquezas, você tem pobres em sua vizinhança. Encontre algo com que vestir o nu, e alimentai o faminto, e alegrai o enlutado. Lembre-se, isto é boa vontade para com os homens. Teste, se puder, mostrar-lhes boa vontade nesta época especial; e se assim fizer, o pobre dirá comigo, que deveras eles desejariam que houvesse seis Natais no ano. </p> <p align="justify">Que cada um de nós saia deste lugar determinados, que se estivemos irados durante todo o ano que se passou, que esta próxima semana seja uma exceção; que se temos resmungado de todo mundo no ano passado, que neste Natal aspiremos ser gentilmente amorosos para com os outros; e se vocês viveram todo este ano em inimizade contra Deus, oro para que pelo Seu Espírito Ele possa esta semana lhes dar paz com Ele; e então, deveras, meu irmão, este será o Natal mais agradável que já tivemos em nossas vidas. Vocês estão indo para a casa de seus pais, jovens; muitos de vocês estão indo fazer compras para suas casas. Lembrem-se do que preguei no último Natal. Vão para casa, para os teus amigos, e lhes o que o Senhor tem feito por vossas almas, e isto fará uma bendita roda de histórias ao redor do fogo do Natal. Se cada de um vós disser aos vossos pais como o Senhor se encontrou com vocês na casa de oração; como, quando você saiu de casa, estava alegre, corajoso, mas tem agora voltamos para o Deus de sua mãe, e lido a Bíblia de seu pai. Oh, que Natal feliz será este! O que mais direi? Possa Deus vos dar paz contigo mesmos; possa Ele vos dar boa vontade para com todos os vossos amigos, vossos inimigos, e vossos vizinhos; e possa Ele vos dar graça para dar glória a Deus nas alturas. Não direi nada mais, exceto ao final deste sermão desejar que cada um de vós, quando o dia chegar, tenham o Natal mais feliz em vossas vidas. </p> <p align="center">"Agora, com os anjos ao redor do trono,<br /> Querubim e Serafim,<br /> E com a igreja, que ainda é uma,<br /> Cantemos o solene hino;<br /> Glória ao grande EU SOU!<br /> Glória ao Cordeiro Vitimado. </p> <p align="center">Bendição, honra, glória, poder,<br /> E domínio infinito, ao Pai de nosso Senhor,<br /> Ao Espírito e à Palavra;<br /> Como era antes de todos os mundos existirem,<br /> É, e será para sempre eternamente”. </p> <p align="center"> </p> <p align="justify"><a href="http://www.monergismo.com/textos/chspurgeon/Natal_Spurgeon.htm#_ftnref1" name="_ftn1"></a> Nota do tradutor: deus romano de duas faces identificado com portas e começos. </p> <hr width="200" align="left"> <p align="left">Traduzido por FELIPE SABINO ARAUJO NETO</p><p align="left">FONTE : MONERGISMO<br /></p> <blockquote> <blockquote> <p align="justify"> <span style="color: rgb(255, 0, 0);"> </span></p> </blockquote> </blockquote></blockquote> </blockquote>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-2521630052017021552009-12-01T08:33:00.001-03:002009-12-01T08:35:08.423-03:00As Antigas Canções<h2 align="center"><span style="font-family:BakerSignet BT;">As Antigas Canções</span></h2> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="center"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><i>Rev. Chris Coleborn</i></span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="center"><span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="justify"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Em todas as eras as canções têm dado expressão aos mais profundos sentimentos e crenças da humanidade – elas expressam as nossas ânsias, amores, alegrias e tristezas. Elas são uma parte maravilhosa da cultura de todas as nações.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="justify"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Milhares de canções são escritas cada ano em todas as terras e línguas. O apelo delas é universal. Algumas canções tradicionais podem ser lembradas por várias gerações. A maior parte das canções no entanto são populares apenas por um pouco de tempo. As canções "Pop" podem estar no top das tabelas por algumas semanas, mas logo outras as substituem. A maioria passa ao esquecimento.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="justify"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Para uma canção ser regularmente cantada e apreciada para além dum par de séculos é formidável. Algumas até duraram por mil anos; tal era a beleza e verdade das letras. Porém, uma das mais antigas canções tem cerca de três mil e quinhentos anos de idade. Foi escrita por Moisés depois dos filhos de Israel terem saído do Egipto por volta de 1400 AC. É o Salmo 90. Durante todos estes três mil e quinhentos anos esta canção tem sido regularmente cantada e apreciada. De facto, a maior parte dos Salmos têm cerca de três mil anos de idade e a maioria foi escrita pelo Rei David de Israel que viveu aproximadamente no ano 1000 AC. Não é isto extraordinário?<br /> <br /> Para as canções durarem por tanto tempo, elas precisam ter grande beleza e valor. Que elas ainda sejam cantadas e lidas regularmente hoje à volta de toda a terra diz-nos de verdades intrínsecas que foram ao encontro das mais profundas necessidades de toda a raça humana. Os Salmos falam-nos de verdades que resistem ao longo de todas as gerações de pessoas e todas as condições da humanidade. Estas mais antigas das canções apontam respostas às grandes questões da vida. Elas falam de um Todo-Poderoso, Imutável Deus, que é Criador e Juiz de todos. Nelas nós encontramos a nós próprios e as nossas mais profundas limitações e necessidades descritas. Nós somos apontados às respostas para a vida e morte, e onde possamos encontrar verdadeira e eterna vida, paz e segurança. Elas apontam-nos a Deus e à Sua obra em Cristo Jesus.<br /> <br /> Não são estas canções então verdadeiramente valiosas de ler, digerindo e levando ao coração? Se nós tirarmos o tempo de as ler, nós encontraremos crenças para a vida que foram provadas verdade ao longo de milhares de gerações de homens. Estas são as verdades que precisamos hoje, não as passageiras modas e ideias que tantas das superficiais, fugazes canções "pop" incorporam. Leiam por exemplo o Salmo 23 do Senhor sendo um pastor para aqueles que confiam nele e seguem-no. No Salmo 100 nós temos uma chamada a alegrarmo-nos no conhecimento de que há um criador e sustentador do mundo. O Salmo 90 fala de um que permanece e é fiel em todas as eras e gerações, em contraste com o passar da humanidade. Porque não as lês e buscas apreciar as maravilhas delas, pois elas não são nada menos do que canções que Deus na Sua bondade nos tem dado.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><a href="http://www.epc.org.au//historical/the-oldest-songs-2.html">http://www.epc.org.au//historical/the-oldest-songs-2.html</a></span></p><p align="JUSTIFY"><br /></p><p align="JUSTIFY">fonte:.cprf.co.uk<br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-71467933690807139112009-12-01T08:29:00.000-03:002009-12-01T08:30:59.880-03:00João Calvino sobre Cantar Salmos na Igreja<span style="font-family:BakerSignet BT;"><span lang=""> <h2 dir="LTR" align="CENTER">João Calvino sobre Cantar Salmos na Igreja</h2> <p dir="LTR" align="JUSTIFY"> </p> <p dir="LTR" align="JUSTIFY"><span style="color:#444444;">Quanto a orações públicas, existem dois tipos: a que consiste em palavras apenas; a outra inclui música. E isto não é uma invenção recente. Pois desde o início da Igreja que tem sido desta maneira, como podemos aprender nos livros de história. Nem o próprio São Paulo fala de oração por palavras apenas, mas também de cantá-las. E, na verdade, sabemos por experiência que a música tem um grande poder e força para mover e inflamar os corações dos homens para invocar e louvar a Deus com um coração mais veemente e ardente. Devemos sempre atentar com receio de a canção ser leve e frívola, mas ela deve ter sim peso e majestade, como diz Santo Agostinho. E assim, há uma grande diferença entre a música que é feita para entreter as pessoas em casa e na mesa, e os Salmos, que são cantados na igreja, na presença de Deus e Seus anjos. Portanto, se alguém desejar rectamente julgar o tipo de música aqui apresentado, esperamos que ele irá encontrá-la ser santa e pura, vendo que ela é simplesmente feita para a edificação de que temos falado, e para qualquer utilidade mais que se possa colocar. Porque mesmo em nossos lares e fora de portas que seja um incentivo para nós e um meio de louvar a Deus e levantando os nossos corações a Ele, de modo que possamos ser consolados através do meditar sobre Sua virtude, Sua graça, Sua sabedoria, e Sua justiça. Porque isto é mais necessário do que alguém poderá dizer.</span></p> <p dir="LTR"><span style="color:#444444;">Dentre todas as outras coisas que são adequadas para a recriação do homem e para lhe dar prazer, a música, se não a primeira, está entre as mais importantes, e temos de considera-la um dom de Deus feito expressamente para esse efeito. E por esta razão, temos de ter tanto mais cuidado para não abusar dela, por medo de adulterarem ou de contamina-la, convertendo para nossa perdição o que se pretende para o nosso lucro e salvação. Se ainda por esta razão apenas, nós pudéssemos ser justamente movidos a restringir o uso da música, para fazê-la servir somente o que é respeitável e nunca usá-la para desenfreados desvarios ou para nos inundar com incontrolado prazer. Nem deveria levar-nos à lascívia ou poucas vergonhas.</span></p> <p dir="LTR"><span style="color:#444444;">Mas mais do que isto, não existe quase nada no mundo que tenha maior poder de dobrar a moral dos homens desta forma, ou que, como Platão sabiamente observou. E, de facto, encontramos a partir da experiência que tem um insidioso e quase incrível poder de mover-nos para onde quer. E por esta razão temos de ser os mais diligentes para controlar a música de tal modo, que irá servir-nos para o bem e de forma alguma nos prejudicar. Esta é a razão pela qual os antigos doutores da igreja se queixavam de que o povo de seu tempo era viciado em músicas ilícitas e desavergonhadas, ao que eles tinham razão para chamar o mortal veneno de Satanás, corruptor do mundo.</span></p> <p dir="LTR"><span style="color:#444444;">Agora, no tocante à música eu reconheço duas partes, a saber, a palavra, que é o assunto e texto, e a canção ou melodia. É verdade, como diz São Paulo, que todas as palavras torpes vão corromper e perverter a boa moral. Mas quando melodia vai com elas, elas irão atravessar o coração muito mais poderosamente e penetrar adentro. Assim como o vinho é afunilado para dentro de um barril, assim é o veneno e a corrupção destilada para a própria profundeza do coração pela melodia.</span></p> <p dir="LTR"><span style="color:#444444;">Então o que deveremos fazer? Deveríamos ter músicas que não são apenas certinhas, mas santas, que irão impulsionar-nos a orar e louvar a Deus, para meditar sobre Suas obras, de modo a amá-lo, a temer a Deus, para honrá-lo, e glorificá-lo. Porque o que Santo Agostinho disse é verdade, que ninguém pode cantar nada digno a Deus excepto o que tem recebido de Deus. Portanto, onde quer que olhemos procurando ao longe e ao largo, não vamos encontrar nenhumas músicas melhores, nem mais adequadas para esse efeito do que os Salmos de David, que o Espírito Santo fez e transmitiu a ele. Assim, cantando-os, poderemos ter a certeza de que nossas palavras vêm de Deus como se Ele viesse a cantar em nós para a Sua própria exaltação. Portanto, Crisóstomo exorta tanto os homens, como as mulheres e crianças para se habituarem a cantá-los, para desta maneira por este acto de meditação nos tornarmos como um com o coro de anjos.</span></p> <p dir="LTR"><span style="color:#444444;">Então, também temos de ter em mente o que diz São Paulo, que as canções devocionais só podem ser cantadas bem apenas pelo coração. Agora o coração implica inteligência, que, diz Santo Agostinho, que é a diferença entre o canto dos homens e das aves. Porque apesar de um pintarroxo, um rouxinol, ou um papagaio cantarem tão bem, será sem entendimento. Agora é dom do homem de ser capaz de cantar e de saber o que é que está cantando. Depois da inteligência, o coração e as emoções devem seguir-lhe, e isso só pode acontecer se nós tivermos o hino gravado na nossa memória para que ele nunca cesse.</span></p> <p dir="LTR"><span style="color:#444444;">E, por conseguinte, o presente livro não precisa de muita recomendação de mim, vendo que em si possui o seu próprio valor e canta seu próprio elogio ou louvor. Apenas deixe o mundo ter o bom senso de deixar de cantar aquelas músicas, em parte, vãs e fúteis, em parte, estúpidas e aborrecidas, em parte sujas e vis e em consequência más e destrutivas - e que exerceu o seu direito até agora, e usar estes divinos e celestiais Cânticos com bom rei David. Quanto à melodia, parecia melhor moderá-la da maneira que temos feito, de modo a dar-lhe a gravidade e a majestade que convém ao seu tema, e que pode mesmo ser adequado para cantar na igreja, de acordo com aquilo que foi dito.</span></p> <span style="color:#444444;"> </span><p dir="LTR"><span style="color:#444444;">(Do Prefácio de Calvino para o Saltério de Genebra de 1543)</span></p> <span style="font-family:Segoe UI;font-size:85%;color:#444444;"> </span> <!--msthemeseparator--><p align="center"><img src="http://www.cprf.co.uk/_themes/copy-of-bars/barrulee.gif" width="600" height="10" /></p> <p dir="LTR" align="JUSTIFY">João Calvino comentando I Coríntios 14:15: "Quando ele diz, <i>cantarei salmos</i>, ou, <i>cantarei</i>, ele faz uso de uma instância específica, ao invés de uma declaração geral. Pois, como os louvores de Deus eram o assunto dos Salmos, ele quer dizer pelo canto dos Salmos - bendizer a Deus, ou render graças a Ele, porque em nossas súplicas, ou pedimos uma coisa a Deus, ou reconhecemos algumas bênçãos atribuídas a nós. A partir desta passagem, ao mesmo tempo deduzimos, que o costume de cantar já estava nessa altura em uso entre os crentes, como parece também por Plínio, que escrevendo cerca de quarenta anos depois da morte de Paulo, menciona que os cristãos estavam habituados a cantar Salmos a Cristo antes do amanhecer. E eu de facto também não tenho quaisquer dúvidas que desde o início eles adoptaram o costume da Igreja Judaica de cantar Salmos."</p> </span> </span><p dir="LTR" align="JUSTIFY"><span lang=""><span style="font-family:BakerSignet BT;">Tradução: <a href="http://soberanagraca.blogspot.com/"><u><span style="color:#0000ff;">http://soberanagraca.blogspot.com/</span></u></a></span></span></p><p dir="LTR" align="JUSTIFY">fonte: cprf.co.uk<br /><span lang=""></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-9997421283938749982009-12-01T08:18:00.002-03:002009-12-01T08:20:44.409-03:00O que é a Fé Reformada?<h2 align="CENTER"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O que é a Fé Reformada?</span></h2> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="CENTER"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><i>Rev. Ron Hanko</i></span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="CENTER"><span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Os profetas do Antigo Testamento, advertiram a Judá, relativamente aos grandes perigos que enfrentaram: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos" (Os. 4:6). Amos advertiu, "Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor" (Amos 8 :11).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A nossa grande preocupação é que a situação nos nossos dias e nesta terra é realmente semelhante aos dias dos profetas de antigamente. A revista <i>Times</i> afirmou em 30 de Jan., 1993 à questão: "Qual é a situação real [na Inglaterra]? Acreditando, que os cristãos praticantes são um pequeno punhado de nossa nação. Noventa por cento ou mais dos nossos cidadãos não têm quase nenhum conhecimento do cristianismo." Isto é um triste comentário. Nesse "minúsculo punhado" existem grandes divergências de fé. Há certamente uma grande necessidade de que a fé Reformada seja proclamada.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Porque é que a situação como ela é actualmente? Vivemos nos "últimos dias" (At. 2:17). Durante este período de tempo, a palavra de nosso Senhor está a ser cumprida que muitos se desviam (I Tm. 4:1) e o amor de muitos "se esfria" (Mt. 24:12). No próprio mundo, é o materialismo grosseiro que tem envenenado a sociedade. Temos a louca corrida por mais e mais entretenimento, muitas vezes dos tipos mais abomináveis. Os escarnecedores continuam a zombar, perguntando: "Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (II Pedro 3:4).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A situação nas igrejas é quase tão má. A apostasia abunda. Há um massivo abandono dos "caminhos antigos" (Jer. 6:16). Existem os "lobos em peles de cordeiro" (Mt. 7:15). A profecia da Escritura está sendo realizada: "e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si" (At. 20:30). Há novamente uma crescente pressão para a união de todas as igrejas e denominações. A doutrina é considerada irrelevante. "Novas" teologias surgem. As ovelhas, ao que parece, estão prestes a serem devoradas pelos lobos raivosos. A nossa garantia então só pode estar na Palavra de Cristo, "Nenhum homem pode arrebatar-vos para fora da minha mão" (Jo. 10:28).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Nestes tempos angustiantes, a Palavra de Cristo vem então em alto e bom som, " Eis que estou à porta e bato ..." (Ap. 3:20). Tal como Ele outrora ficou na porta da igreja de Laodicea, chamando para fora os fiéis que permaneciam nessa igreja apóstata, assim Ele chama ainda hoje. O povo de Deus tem fome da Palavra. Muitos não estão sendo alimentados. Eles estão recebendo "pedras por pão." Cristo convida a sair e cear com ele em torno de Sua Palavra que permanece para sempre.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Portanto, nós da Comunidade da Aliança Reformada Protestante (Covenant Protestant Reformed Church), pretendemos formar um elo entre todos aqueles que amam a fé Reformada e desejam ainda os "antigos caminhos." Nós temos desejamos estabelecer, sempre que tal seja possível, igrejas que corajosamente proclamem as velhas verdades.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Qual é a fé "Reformada"? Por "fé," referimo-nos ao corpo da verdade que emerge da própria Escritura. Falamos da fé "reformada", não como se fosse uma espécie de substituto para a fé escritural. Há afinal, somente um objectivo conjunto de verdades que é apresentado na Escritura.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Por "reformada," gostaríamos de distinguir-nos de outros, que duma ou outra forma se desviam da "fé" estabelecida na Palavra de Deus. Empunhamos as verdades da Escritura como que têm sido sistematicamente resumidas nas <i>Normas de Westminster</i> e as <i>Três Formas de Unidade</i>, ou seja, o <i><a href="http://www.cprf.co.uk/languages/heidelberg_portugal.htm">Catecismo de Heidelberg</a></i>, a <i><a href="http://www.cprf.co.uk/languages/belgic_portuguese.htm">Confissão Belga</a></i>, e os <i><a href="http://www.monergismo.com/textos/credos/dort.htm">Cânones de Dort</a></i>.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O que é, então, a fé Reformada (que é escritural)?</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><br /> A soberania de Deus</span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Em primeiro lugar, a fé reformada enfatiza a soberania de Deus. Será que isto distingue-a dos outros que também ensinam a soberania de Deus? Sim, distingue. Estamos convencidos de que a fé reformada mantém a verdade da soberania de Deus de forma consistente. Todos os cristãos certamente concordariam que Deus é soberano. Ele governa sobre tudo. Mas repetidamente encontramos doutrinas e práticas que contradizem a verdade da soberania de Deus. A fim de satisfazer raciocínio humano, há aqueles que insistem na "vontade livre" de todos os homens de aceitar ou rejeitar a Cristo, como querem. Há aqueles que apresentam um Cristo que bate à porta do coração do pecador, suplicando por admissão (mal interpretando Ap. 3:20). Há aqueles que ensinam que o número final da eleição de Deus não é determinado por Deus desde a eternidade, mas pelas actividades do homem. Há aqueles que ensinam que Deus ama todas as pessoas, ainda que no final Ele lance algumas em inferno. Outros ensinam que seria por causa do amor de Deus por todos, que Ele não pode lançar nenhuma delas no inferno.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé Reformada consistentemente mantém a soberania de Deus. Ele criou, em seis dias literais (Gn. 1), e continua a manter todo o seu universo. Ele também dirige e controla todos as criaturas morais e racionais. Ele desde a eternidade determinou a salvar alguns (os eleitos) através do sangue do Cordeiro (Ef. 1:4) e determinou que outros seriam lançados no inferno, por causa de seus pecados (Rm. 9:22). Jamais Deus devolve qualquer aspecto de seu Governo nenhum sentido. Todas as doutrinas da igreja de Cristo devem estar em conformidade com isso. A Igreja não pode "ajustar" a soberania de Deus para se acomodar à ideia do que o homem acha que é justo e certo. Pelo contrário, confissão do homem deve ser conformada com a grande verdade da soberania de Deus. (Em relação a isto, recomendamos a edição da Baker do empolgante livro de <a href="http://www.cprf.co.uk/languages.htm#portuguese_awpink">Arthur W. Pink, <i>A Soberania de Deus</i></a>.)</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><br /> As Infalíveis Escrituras</span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O conhecimento do Deus soberano não deriva do homem através de pesquisa, mas pela revelação do próprio Deus. A fé reformada mantém a inerrância da Sagrada Escritura, a sua infalibilidade e inspiração. É a Palavra "soprada por Deus" (II Tm. 3:16) falada por Cristo (Jo. 1), para que possamos conhecer e compreender o que Deus ia revelar de si mesmo. Sem essa palavra que não poderíamos ter conhecimento determinado. Com ela, temos testemunho confiante e certo relativo a Deus e relativamente ao Seu Filho Jesus Cristo, e à obra de Cristo em resgatar e gerar a Sua igreja.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><br /> O Pacto da Graça</span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé reformada mantém a grande verdade do "pacto de graça." Afirmamos sucintamente as nossas próprias convicções relativas ao ensino da Escritura a este respeito.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O pacto de graça deve ser entendido à luz da Santíssima Trindade. Os três num só Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) eternamente coexistentes e unidos em si perfeitamente. É uma comunhão que pede a descrição humana e ultrapassa a compreensão do homem. No entanto a verdade da comunhão pactual com Ele mesmo é a base do pacto de graça. O Deus Triúno eternamente determinado a revelar fora de si mesmo a glória da comunhão, como existe em si mesmo. Ele determinou mostrar da forma mais elevada uma comunhão com um povo eleito escolhido eternamente em Cristo.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Uma boa compreensão desta obra de Deus enlaça juntamente as diversas verdades maravilhosas da Escritura. A palavra de Deus mostra que este pacto é "unilateral", ou seja, não estabelecido entre duas partes, mas sim pelo próprio Deus directamente (Gn. 15:17-18). É um pacto inquebrável, em que, quando Deus estabelece-lo com o Seu povo, continua por toda a eternidade (Gn. 17:7). Essa aliança não é uma espécie de acordo em que Deus toma o Seu povo para o céu, mas é o fim ou objectivo que Deus tem em mente (Gn. 17:7). É a promessa que Deus tem o prazer de estabelecer na linha de gerações (Gn. 17:7). Foi verdadeiramente dito, "Ele reúne a Sua semente da nossa semente." Nem todos os nascidos de pais crentes fazem parte do pacto (Rm. 9:13). Mas as sementes espirituais são salvas (Rm. 9:7). Deus traz outras pessoas do paganismo, mas depois incorpora também a sua semente espiritual no corpo de Cristo (At. 16:27-33).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><br /> <b>Os cinco pontos do calvinismo</b></span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"><b> </b> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé reformada é frequntemente associada com o que é chamado os "cinco pontos do calvinismo." Esses "cinco pontos," de maneira nenhuma esgotam a fé Reformada. No entanto, estes marcam uma distinta diferença entre ela e o Arminianismo que tem infectado a maior parte das igrejas fundamentalistas.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">Os cinco pontos são lembradas por muitos através da utilização do acróstico: <b>TULIP</b>.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O <b>"T"</b> é de total depravação. Este é o ensinamento bíblico em que o homem é nascido morto em pecados, incapaz e sem vontade para qualquer bem (Rm. 3:10). Todos são culpados do primeiro pecado de Adão (Rm. 5:12). Todos só transgridem a lei de Deus por natureza (Rm. 3:23). A partir disto seguem diversas conclusões. Uma pessoa não pode "oferecer" a um pecador morto a salvação em Cristo. Também não pode ser esse "convidado" a aceitar Cristo ou aceitá-lo em seu coração. Seu estado é tal que é impossível actividade espiritual da sua parte.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O "<b>U"</b> representa eleição incondicional. Desde antes da fundação do mundo, Deus tem escolhido para si mesmo um povo em Cristo (Ef. 1:4). Juntamente com este fato, Deus também tem determinado a lançar outros no inferno, por causa de seus pecados (Rm. 9:21-22). Que esta eleição eterna é "incondicional" significa que Deus escolheu, não porque Ele previa que um iria acreditar, mas um acredita porque Deus o escolheu (Jo. 10:26; Rm. 8:29-30).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O <b>"L"</b> representa expiação limitada. A expiação é o pagamento feito por Cristo pelos pecados do seu povo (Mt. 1:21). Que é "limitada" não está a ensinar que a expiação de Cristo falta em algo. Pelo contrário isto apresenta o facto escriturístico que a expiação é limitada aos eleitos ou escolhidos de Deus (Jo. 6:44).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O <b>"I"</b> fala de graça irresistível. Isso enfatiza que, quando Deus vos chama a si o seu povo, e eles virão (Jo. 6:37). Vêm não involuntariamente, mas de bom grado. No entanto, a sua graça é de tal potência que a vontade dos seus eleitos é feita subserviente à Sua vontade.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O <b>"P"</b> é preservação dos santos. Isto significa que um escolhido, chamado e atraído a Jesus Cristo, também irá permanecer na fé e vai certamente ser levado à glória. Estes santos podem pecar gravemente e se cair por um tempo em certos pecados. Mas Deus tra-los de volta a si próprio. Aqueles por quem Cristo morreu serão certamente salvos (Fl. 1:6; Rm. 8:29-30).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> <b> </b></span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><b>As Doutrinas da Graça</b></span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"><b> </b></span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé Reformada consistentemente afirma as "doutrinas da graça." Mais uma vez, estas são doutrinas das Escrituras. A terminologia serve para enfatizar o fato de que a salvação é uma gloriosa e total obra do nosso Deus, e não obra do homem ou do homem cooperar com Deus. Nós somos justificados pela graça através da fé (Rm. 3:24). Aqueles justificados tiveram seus pecados pagos integralmente através do precioso sangue de Jesus (Rm. 5:1). E aqueles por quem Cristo morreu, foram escolhidos por Deus desde a eternidade. Toda a salvação é totalmente o trabalho do soberano Deus. Não há então nenhum espaço para vanglória (Ef. 2:9).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><br /> <b>Baptismo infantil</b></span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé Reformada segue a prática do baptismo de crentes. Isto tem sido a prática consistente dos crentes Reformados desde John Calvin. Este baptismo é baseado na verdade da Aliança de Deus, estabelecida na linha das gerações de fiéis. Nem todos os baptizados são salvos (Esaú que recebeu o sinal da circuncisão não foi salvo [Rm. 9:13]). Mas porque Deus estabelece o Seu pacto na linha de gerações (Gn. 17:7; At. 2:39), estes também recebem o sinal desse pacto e da justiça que é pela fé. Isto também é coerente com as práticas dos apóstolos que baptizaram crentes e suas famílias (At. 16:15; I Co. 1:16; At. 11:14; At. 16:31).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><br /> <b>O credos</b></span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé Reformada mantém os credos como expressões do que ela confessa que a Escritura ensina. Credos não são para considerar como infalíveis. Eles, ainda assim, identificam e distinguem o que é Reformado do que não é. Os Reformados têm escrito, muitas vezes depois de grandes lutas e terríveis perseguições, as verdades que eles acreditam Escritura ensina seguramente. Os credos salientam a forma como os Reformados diferem das outras pessoas que também reclamam manter a Escritura. Por meio dos credos, os filhos dos crentes são ensinados nas doutrinas das Escrituras. Por meio dos credos as igrejas mostram a todo o mundo o que acreditam e ensinam.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> <b> <p align="JUSTIFY"> </p> <h3 align="JUSTIFY">Culto</h3> </b> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé reformada mantém a necessidade de cultos regulares cada Sabbath. Não pertence à mente o minimizar ou negligenciar o culto de Jeová, em cultos regulares. Antes a alegria dos reformados é a de cumprir o mandato do quarto mandamento e os ensinamentos das Escrituras reunindo a cada Sabbath para adorar o nome de Deus. Eles juntam-se, não para serem divertidos, mas para glorificar o Nome que está acima de todo e qualquer outro nome.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé reformada mantém também o ensinamento bíblico de que a pregação da Palavra deve vir da igreja através de homens chamados por Deus para servir nesta posição importante (Rm. 10:15). A pregação é para ser o elemento central do culto. Chama-se nas Escrituras a "loucura da pregação" (I Co. 1:21), mas, ao mesmo tempo, é o modo ordenado por Deus de salvar os pecadores e fortalecer os santos (Rm. 10:14).<br /> <br /> </span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><b>A Vida Santa</b></span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé Reformada não conduz os homens a serem descuidados ou profanos. Esta fé não considera que pode-se "pecar para que graça possa abundar" (Rm. 6:1). Porque se uma pessoa é escolhida eternamente de Deus, e porque Cristo morreu por ela, htem de haver a evidência de frutos piedosos. Verdadeiro agradecimento deve ser visto, caso contrário, não existem provas da eterna eleição. Deus escolheu o Seu povo para as boas obras (Ef. 2:10) e de maneira que devamos ser santos e sem culpa diante dele (Ef. 1:4). Não deve haver nenhuma aliança entre a luz e as trevas, entre o cristão e o mundo (II Co. 6:14). A "antítese" deve ser evidente—a distinção entre o bem e o mal é para ser visto na vida do cristão.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> <b> </b></span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><b>Missões</b></span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"><b> </b></span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé reformada crê firmemente na convocação da igreja para sair por todo o mundo para pregar o evangelho. Ele não tem nada a ver com um "hiper-calvinismo," que levaria a negligenciar esta grande tarefa da Igreja. O próprio Jesus mandatou os discípulos e, em seguida, a igreja, para ir em todo o mundo para pregar o evangelho (Mt. 28:19). Embora seja certamente verdade que Deus irá salvar o Seu povo a quem Ele tem escolhido desde a eternidade, é igualmente verdade que Ele determinou que isto é para ser feito por meio da fiel pregação do evangelho, tanto no seio da igreja e no campo missionário. Só Deus sabe quem são dele. A igreja vai sob o mandato de Cristo, a fim de que os tais escolhidos de Deus também possam ser trazidos para a cruz de Jesus Cristo.</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><h3 align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><br /> <b>O Regresso de Cristo</b></span></h3> <span style="font-family:BakerSignet BT;"><b> </b> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">A fé Reformada aguarda com confiança para o breve retorno de nosso Senhor Jesus Cristo sobre as nuvens do céu. Em Mateus 24 Jesus fala dos sinais que antecedem a Sua volta. Vemos esses sinais sendo cumpridos hoje. Nós não sabemos o dia ou a hora do seu regresso, mas sabemos que deve estar à mão. Isto deveria impressionar a igreja com a urgência de realizar as suas tarefas fielmente até o fim. Deve pregar a Palavra, deve evangelizar, deve ensinar as crianças, para que elas possam estar preparadas para os maus dias que vêm sobre a igreja. E a fervorosa oração da Igreja é pela vinda de Cristo: "Mesmo assim, vem Senhor Jesus, depressa!" (Ap. 22:20).</span></p> <span style="font-family:BakerSignet BT;"> </span><p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;">O acima exposto não é concebido de forma alguma para ser um tratado exaustivo da fé "reformada." Convém, no entanto, dar uma descrição "miniatura" daquela fé que tem sido tida por tão preciosa através dos séculos. Na base das verdades gloriosas pelas quais muitos deram as suas vidas, também teríamos desejo de buscar comunhão com aqueles que amam estas mesmas verdades, de modo a incentivar e fortalecer um ao outro na mais santíssima fé.</span></p><p align="JUSTIFY"><br /></p>Fonte : cprf.co.uk<p align="JUSTIFY"><span style="font-family:BakerSignet BT;"><br /></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-86874292150128038022009-11-13T12:59:00.006-03:002009-11-23T10:10:42.880-03:00PROCURA-SE UMA IGREJAProcura-se uma igreja que use a Bíblia Sagrada do jeito que era usada no passado não muito distante. Que use a Bíblia como revelação de Deus. Aliás, uma boa Bíblia tradicional e fiel, e não as publicações "à la carte" (bíblia para idosos, para jovens, para gays, para empresários, etc.). Não importa que tenha capa preta e letras de tipos antigos. Não importa que uma ou outra palavra precise ser consultada no dicionário. Afinal, a Bíblia deve servir também para aprimorar os conhecimentos de seus leitores. Que use a Bíblia acreditando nela. Confiando em seus escritos, linha por linha, letra por letra. Que creia em sua inerrância e em sua total confiabilidade. Que a use no púlpito, não por pretexto para eventos sociais, políticos ou comerciais, mas como Palavra de Deus, revelação divina para todos os povos. Procura-se uma igreja que...<br /><br />tenha púlpito. Sim, porque o tablado das igrejas tem abrigado toda sorte de coisas, menos um púlpito. Lá encontram-se baterias, guitarras, pandeiros, atabaques, porta-microfones, câmeras, luzes, castiçais de Israel, óleos de Jerusalém, cartazes comerciais, "links" ao vivo para a tv e internet, mas dificilmente se encontra um púlpito. Para aqueles que não estão familiarizados, púlpito é aquele móvel que os pastores antigamente usavam para colocar as suas Bíblias e pregar a Palavra de Deus. Usualmente era colocado no centro da plataforma, numa disposição que alcançasse a todos os presentes, ou mesmo em um dos lados, no alto. O lugar era mais ou menos aquele onde estão os "levitas" ou os animadores do "auditório gospel". Encontram-se muitos desses móveis antigos nos "museus eclesiásticos".<br /><br />Procura-se uma igreja com templo. Não precisa ser um grande templo, nem um pequenino templo. Não precisa ter torre, relógio e cruz, nem tampouco ter um órgão de tubo e um vestíbulo. Apenas um templo, um lugar reservado para adoração a Deus, um lugar onde as pessoas se consagrem para a oração, a meditação, o respeito e a dedicação a Deus. Geralmente encontram-se ex-templos onde hoje estão casas lotéricas, açougues, mercados ou agências bancárias, porque as igrejas que os usavam acabaram por alugar grandes auditórios, cinemas, fábricas, pizzarias ou ginásios esportivos. O templo tornou-se tão obsoleto quanto a adoração tradicional bíblica. O templo não era adequado para a atual "aeróbica cristã", que faz com que os participantes suem tanto quanto uma boa aula de ginástica.<br /><br />Procura-se uma igreja que tenha um templo, seja de tijolos, de barro ou de bambus, mas que seja "Casa de Oração", lugar de adoração, de reverência, de alegria espiritual, de encontro com Deus. Se for grande, muito bom. Se for pequeno, bom também. Se tiver ar condicionado, ótimo. Caso contrário, não haverá problema, desde que o povo tenha consciência de que "a minha casa será chamada CASA DE ORAÇÃO". (citação das palavras de Jesus em Mateus 21.13).<br /><br />Procura-se uma igreja que cante hinos. Uma igreja que ainda ouse usar um "Cantor Cristão", um ""Hinário para o Culto Cristão", um "Hinário Evangélico," uma "Harpa Cristã", um "Melodias de Vitória", um "Salmos e Hinos" ou outro hinário que contenha as preciosidades da hinódia evangélica. Uma igreja que ouse cantar coisas que vão de encontro à música chamada "do momento", e ao encontro do coração de Deus, em adoração firmada em verdades da Palavra do Senhor, e não em palhas e restolhos de emoção fútil. Uma igreja que ainda use os hinos publicados em forma de livrinho, não apenas um retroprojetor com transparências, que priva as pessoas de levarem a letra para casa e estudá-la, decorá-la, entoá-la em sua devocional particular. Uma igreja que cante "Rocha Eterna", "Fala Deus", "Bendita a Hora de Oração", "Vamos à Igreja", "Já Refulge a Glória Eterna", "A Doce Voz do Senhor", "Tu és Fiel", "O Rei Está Voltando", "Grande é Jeová", etc. Uma igreja que embase o que canta na Palavra de Deus, rejeitando cânticos que não têm razão de ser, como os que dizem que Deus está "passeando" (estaria Ele de férias?) "Agarre as penas das asas dos anjos" (seriam eles galinhas despenando?) , "Dá-me a mão e meu irmão serás" (é tão simples assim? Nem de Cristo se precisa?). Uma igreja que não tenha um "hit parade", ou um índice das "10 mais de hoje", mas cante coisas de ontem, de hoje e de sempre, concretas, profundas e ermanentes.<br /><br />Procura-se uma igreja de gente renascida. Não reencarnada, pois reencarnação não existe (cf Hebreus 9.27). Mas uma igreja de gente que foi regenerada pelo novo nascimento, através de sua conversão à Cristo (Cf. João cap. 3 e II Co 5.17). Uma igreja que abre as portas para o povo do mundo, mas coloca um aviso: "o pecador é bem-vindo; o pecado não!". Uma igreja que tenha gente que leve a sério o que aprende, que pratique o que ouve ser pregado, que procure ser "luz do mundo" e "sal da terra", que manifeste as "virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". Uma igreja de gente que não fume. Gente que não beba álcool. Gente que não use drogas. Gente que não fale palavrões. Gente que não seja escravizada pelo entretenimento, que não toma a forma do mundo, mas que renova dia a dia o seu entendimento pela Palavra da Verdade. Uma igreja que não tenha receio de firmar posturas indigestas à maioria das outras igrejas, como exigir de seus membros uma vestimenta decente, um namoro moralmente aceitável, um casamento que possua "leito sem mácula", uma fraternidade construtiva, cidadãos cumpridores de seus compromissos, crentes honestos em suas transações. Uma igreja que pregue o que é certo e viva o que pregue.<br /><br />Procura-se uma igreja que tenha amor não fingido. Uma igreja que não faça acepção de pessoas. Que não faça uma entrada "só para automóveis", para evitar que crentes pobres ou sem condução congreguem ali. Uma igreja que não coloque os crentes bem sucedidos nos bancos da frente, e reserve os últimos assentos para os pobres e os inexpressivos socialmente. Uma igreja que não dê assistência apenas para os que têm polpudos salários, desprezando os que contribuem apenas com três míseras moedas de centavos. Uma igreja que não trate seus membros pelo grau de instrução, dignificando o douto e desprezando o inculto, uma igreja que use de amor, misericórdia e atenção para com todos. Uma igreja que não tenha duas leis, dois pesos e duas medidas, disciplinando severamente os que não fazem diferença no orçamento mensal, e encobrindo os adultérios, as desonestidades, as falcatruas, as maledicências e os muitos pecados dos mais ricos. Uma igreja que não coloque um político no púlpito e uma pobre velhinha malcheirosa no canto, junto à porta de saída.<br /><br />Procura-se uma igreja que tenha pastor. Mas não um pastor do tipo "profissional da área religiosa", mas "profissional da área celestial". De preferência um pastor que não tenha especialização em vendas, "tele-marketing" , venda de consórcios ou carnês do baú. Também não precisa ser especialista em análise de mercados e doutor em planos mirabolantes de crescimento de igreja. Procura-se uma igreja cujo pastor esteja mais interessado em pastorear cada um como um filho, que contar cada um como um número. Esse pastor poderia ser até de origem humilde, sem o grau de "latus census" ou "restritus census". Que tenha apenas "bom census" de levar a sério o seu chamado de "ganhador de almas, amigo do rebanho, pregador da Palavra, intercessor em oração pela sua comunidade, porta-voz da sã doutrina, líder respeitado, manso e cordato", porém, peremptório em suas afirmações. Um pastor que tenha cara de pastor, coração de pastor, postura de pastor, vida de pastor. Que use a Bíblia, não o "manual de igrejas do sucesso" ou "plano de restauração do propósito do discipulado dos grupos da unção" , ou quaisquer outras inovações evangélicas que estejam em alta BMIF - Bolsa de Mercadorias de Igrejas com Futuro. Procura-se um pastor que esteja de joelhos diante do Pai, pois é a única forma de não cair; um pastor que sorria com os que sorriem, chore com os que choram, que visite o pobre, e também o rico; que ame o bonito, e acolha também o feio; que se importe com a dor de um idoso e com a alegria de um jovem. Um pastor que diga a verdade, pela Bíblia, doa a quem doer, sem, contudo, jamais perder a ternura. Um pastor que não busque a glória dos homens, mas a glória de Deus; que não esteja de olho nas recompensas terrenas, mas nas celestiais. Um pastor que saiba ser homenageado, rendendo glórias a Deus, e saiba também resignar-se quando for esquecido. Um pastor segundo o coração de Deus.<br /><br />Procura-se essa igreja.<br /><br />Aos que souberem o seu paradeiro, favor ligarem para os crentes de bom senso, notificando o achado. Talvez não restem muitas dessas por aí. E me avisem também, para que eu saiba para onde ir, se acaso precisar".<br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-weight: bold;">Fonte :Fim Dos Dias</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-66417781293418260602009-11-10T08:00:00.000-03:002009-11-10T08:01:27.045-03:00Os Cinco Pontos do Arminianismo<p align="center"><span style="font-family:Book Antiqua;"><span style="font-size:180%;color:#990000;"><em><strong> Os Cinco Pontos do Arminianismo</strong></em></span></span></p> <p align="center"><span style="font-family:Book Antiqua;">por </span></p> <p align="center"><span style="font-family:Book Antiqua;"><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Duane Edward Spencer</strong></span></span></p> <blockquote> <p align="JUSTIFY"> </p> <blockquote><div align="JUSTIFY"> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">Um teólogo holandês chamado Jacob Hermann, que viveu de 1560 a 1609, era melhor conhecido pela forma latinizada de seu último nome, <em>Arminius</em>. Ainda que educado na tradição reformada, ele se inclinou para as doutrinas humanistas de Erasmo, porque tinha sérias dúvidas a respeito da graça soberana (de Deus), como era ensinada pelos reformadores. Seus discípulos, chamados <em>arminianos</em> ou sectários de Arminius, disseminaram o ensino de seu mestre. Alguns anos depois da morte de Arminius, eles formularam sua doutrina em cinco pontos principais, conhecidos como <em>Os Cinco Pontos do Arminianismo</em>.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> Pelo fato de as igrejas dos Países Baixos, em comum com as principais Igrejas Protestantes da Europa, subscreverem as Doutrinas Reformadas da Bélgica e as Confissões de Heidelberg, os arminianos resolveram fazer uma representação ao Parlamento Holandês. Este protesto contra a Fé Reformada, cuidadosamente escrito, foi submetido ao Estado da Holanda, e, em 1618, um Sínodo Nacional da Igreja reuniu-se em Dort para examinar os ensinos de Arminius à luz das Escrituras. Depois de 154 calorosas sessões, que consumiram sete meses, Os Cinco Pontos do Arminianismo foram considerados contrários ao ensino das Escrituras e declarados heréticos. Ao mesmo tempo, os teólogos reafirmaram a posição sustentada pelos Reformadores Protestantes como consistente com as Escrituras, e formularam aquilo que é hoje conhecido como <em>Os Cinco Pontos do Calvinismo</em> (em honra do grande teólogo francês, João Calvino).</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> Ao longo dos anos, a estudada resposta do Sínodo de Dort às heresias arminianas tem sido apresentada na forma de um acróstico formado pela palavra <strong>TULIP</strong>. Daí o nome deste pequeno livro. </span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> <em>Os Cinco Pontos do Calvinismo</em> são:</span></p> <table width="75%" border="0"> <tbody><tr> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>T </strong></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><em>Total Depravity</em></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>Depravação Total</strong></span></td> </tr> <tr> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>U </strong></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><em>Unconditional Election </em></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>Eleição Incondicional</strong></span></td> </tr> <tr> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>L </strong></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><em>Limited Atonement </em></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>Expiação Limitada</strong></span></td> </tr> <tr> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>I </strong></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><em>Irresistible Grace </em></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>Graça Irresistível</strong></span></td> </tr> <tr> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>P </strong></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><em>Perseverance of Saints </em></span></td> <td><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>Perseverança dos Santos</strong></span></td> </tr> </tbody></table> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><br /> Uma vez que vamos examinar, pormenorizadamente, aquilo que os teólogos reformados de Dort querem dizer com os Cinco Pontos cio Calvinismo, retro referidos, consideremos primeiro, sumariamente, os Cinco Pontos do Arminianismo.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>1.VONTADE LIVRE</strong> : O primeiro ponto do arminianismo sustenta que o homem é dotado de vontade livre.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">1.1. Os reformadores reconhecem que o homem foi dotado de vontade livre, mas concordam com a tese de Lutero — defendida em sua obra “A Escravidão da Vontade” —, de que o homem não está livre da escravidão a Satanás.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">1.2. Arminius acreditava que a queda do homem não foi total, e sustentou que, no homem, restou bem suficientemente capaz de habilitá-lo a querer aceitar Cristo como Salvador.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>2.ELEIÇÃO CONDICIONAL</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">2.1. Arminius ensinava também que a eleição estava baseada no pré-conhecimento de Deus em relação àquele que deve crer.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">2.2. Em outras palavras, o ato de fé, por parte do homem, é a condição para ele ser eleito para a vida eterna, uma vez que Deus previu que ele exerceria livremente sua vontade, num ato de volição positiva para com Cristo.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>3.EXPIAÇÃO UNIVERSAL</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">3.1. Conquanto a convicção posterior de Arminius fosse a de que Deus ama a todos, de que Cristo morreu por todos e de que o Pai não quer que ninguém se perca, ele e seus seguidores sustentam que a redenção (usada casualmente como sinônimo de expiação) é geral. Em outras palavras:</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">3.2. A morte de Cristo oferece a Deus base para salvar a todos os homens.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">3.3. Contudo, cada homem deve exercer sua livre vontade para aceitar a Cristo.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>4.A GRAÇA PODE SER IMPEDIDA</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">4.1. O arminiano, em seguida, crê que uma vez que Deus quer que todos os homens sejam salvos, ele envia seu Santo Espírito para atrair todos os homens a Cristo.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">4.2. Contudo, desde que o homem goza de vontade livre absoluta, ele pode resistir à vontade de Deus em relação a sua própria vida. (A ordem arminiana sustenta que, primeiro, o homem exerce sua própria vontade e só depois nasce de novo.)</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">4.3. Ainda que o arminiano creia que Deus é onipotente, insiste em que a vontade de Deus, em salvar a todos os homens, pode ser frustrada pela finita vontade do homem como indivíduo.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>5.O HOMEM PODE CAIR DA GRAÇA</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">5.1. O quinto ponto do arminianismo é a conseqüência lógica das precedentes posições de seu sistema.<br /> 5.2. O homem não pode continuar na salvação, a menos que continue a querer ser salvo.</span></p> <p> </p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>O CONTRASTE</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> Quando contrastamos estes Cinco Pontos do Arminianismo com o acróstico TULIP, que forma os Cinco Pontos do Calvinismo, torna-se claro que os cinco pontos deste são diametralmente opostos aos daquele. Para que possamos ver claramente as “linhas de batalha” traçadas pelas afiadas mentes de ambos os lados, comecemos por fazer um breve contraste entre as duas posições à base de ponto por ponto.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>PONTO 1</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> 1.1.O arminianismo diz que a vontade do homem é ‘livre’ para escolher, ou a Palavra de Deus, ou a palavra de Satanás. A salvação, portanto, depende da obra de sua fé.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">1.2.O calvinismo responde que o homem não regenerado é absolutamente escravo de Satanás, e, por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente (para salvar-se), dependendo, portanto, da obra de Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>PONTO 2</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> 2.1.Arminius sustentava que a ‘eleição’ é condicional, enquanto os reformadores sustentavam que ela é incondicional. Os arminianos acreditam que Deus elegeu àqueles a quem ‘pré-conheceu’, sabendo que aceitariam a salvação, de modo que o pré-conhecimento [de Deus] estava baseado na condição estabelecida pelo homem.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">2.2 Os calvinistas sustentam que o pré-conhecimento de Deus está baseado no propósito ou no plano de Deus, de modo que a eleição não está baseada em alguma condição imaginária inventada pelo homem, mas resulta da livre vontade do Criador à parte de qualquer obra de fé do homem espiritualmente morto.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">2.3 Dever-se-á notar ainda que a segunda posição de cada um destes partidos (arminianos e calvinistas) é expressão natural de suas respectivas doutrinas a respeito do homem. Se o homem tem “vontade livre”, e não é escravo nem de Satanás nem do pecado, então ele é capaz de criar a condição pela qual Deus pode elegê-lo e salvá-lo. Contudo, se o homem não tem vontade livre, mas, em sua atual situação, é escravo de Satanás e do pecado, então sua única esperança é que Deus o tenha escolhido por sua livre vontade e o tenha elegido para a<br /> salvação.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>PONTO 3</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> Os arminianos insistem em que a expiação (e, por esta palavra, eles significam ‘redenção’) é universal. Os calvinistas, por sua vez, insistem em que a Redenção é parcial, isto é, a Expiação Limitada é feita por Cristo na cruz.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">3.1. Segundo o arminianismo, Cristo morreu para salvar não um em particular, porém somente àqueles que exercem sua vontade livre e aceitam o oferecimento de vida eterna. Daí, a morte de Cristo foi um fracasso parcial, uma vez que os que têm volição negativa, isto é, os que não a querem aceitar, irão para o inferno.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">3.2. Para o calvinismo, Cristo morreu para salvar pessoas determinadas, que lhe foram dadas pelo Pai desde toda a eternidade. Sua morte, portanto, foi cem por cento bem sucedida, porque todos aqueles pelos quais ele não morreu receberão a “justiça” de Deus, quando forem lançados no inferno.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>PONTO 4</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> 4.1.Os arminianos afirmam que, ainda que o Espírito Santo procure levar todos os homens a Cristo (uma vez que Deus ama a toda a humanidade e deseja salvar a todos os homens), ainda assim, como a vontade de Deus está amarrada à vontade do homem, o Espírito [de Deus] pode ser resistido pelo homem, se o homem assim o quiser. Desde que só o homem pode determinar se quer ou não ser salvo, é evidente que Deus, pelo menos, ‘permite’ ao homem obstruir sua santa vontade. Assim, Deus se mostra impotente em face da vontade do homem, de modo que a criatura pode ser como Deus, exatamente como Satanás prometeu a Eva, no jardim [do Éden].</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">4.2. Os calvinistas respondem que a graça de Deus não pode ser obstruída, visto que sua graça é irresistível. Os calvinistas não querem significar com isso que Deus esmaga a vontade obstinada do homem como um gigantesco rolo compressor! A graça irresistível não está baseada na onipotência de Deus, ainda que poderia ser assim, se Deus o quisesse, mas está baseada mais no dom da vida, conhecido como regeneração. Desde que todos os espíritos mortos (alienados de Deus) são levados a Satanás, o deus dos mortos, e todos os espíritos vivos (regenerados) são guiados irresistivelmente para Deus (o Deus dos vivos), nosso Senhor, simplesmente, dá a seus escolhidos o Espírito de Vida.<br /> No momento em que Deus age nos eleitos, a polaridade espiritual deles é mudada: Antes estavam mortos em delitos e pecados, e orientados para Satanás; agora são vivificados em Cristo, e orientados para Deus.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">É neste ponto que aparece outra grande diferença entre a teologia arminiana e a teologia calvinista. Para os calvinistas, a ordem é: primeiro o dom da vida, por parte de Deus; e, depois, a fé salvadora, por parte do homem.</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"><strong>PONTO 5</strong></span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> 511. Os arminianos concluem, muito logicamente, que o homem, sendo salvo por um ato de sua própria vontade livremente exercida, aceitando a Cristo por sua própria decisão, pode também perder-se depois de ter sido salvo, se resolver mudar de atitude para com Cristo, rejeitando-o! (Alguns arminianos acrescentariam que o homem pode perder, subseqüentemente, sua salvação, cometendo algum pecado, uma vez que a teologia arminiana é uma “teologia de obras” — pelo menos no sentido e na extensão em que o homem precisa exercer sua própria vontade para ser salvo.) Esta possibilidade de perder-se, depois de ter sido salvo, é chamada de “queda (ou perda) da graça”, pelos seguidores de Arminius. Ainda, se depois de ter sido salva, a pessoa pode perder-se, ela pode tornar-se livremente a Cristo outra vez e, arrependendo-se de seus pecados, “pode ser salva de novo”. Tudo depende de sua contínua volição positiva até à morte!</span></p> <p><span style="font-family:Book Antiqua;">5.2. Os calvinistas sustentam muito simplesmente que a salvação, desde que é obra realizada inteiramente pelo Senhor — e que o homem nada tem a fazer antes, absolutamente, “para ser salvo” —, é óbvio que o “permanecer salvo” é, também, obra de Deus, à parte de qualquer bem ou mal que o eleito possa praticar. Os eleitos ‘perseverarão’ pela simples razão de que Deus prometeu completar, em nós, a obra que ele começou. Por isso, os cinco pontos de TULIP incluem a Perseverança dos Santos.</span></p> <p> </p> <hr /> <p><span style="font-family:Book Antiqua;"> Fonte: TULIP – Os Cinco Pontos do Calvinismo à Luz das Escrituras<br /></span></p><p><span style="font-family:Book Antiqua;">Via: monergismo<br /></span></p> </div> </blockquote> </blockquote>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-87546863132198714792009-10-04T14:07:00.000-03:002009-10-15T19:01:02.488-03:00<span style="font-weight: bold;">A MORTE DO PÚPITO</span> <div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_n6qieWPIKXg/Sp5mrYbv_RI/AAAAAAAABxw/-yGfTxO1Pvw/s1600-h/pulpito.gif"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 196px; height: 156px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_n6qieWPIKXg/Sp5mrYbv_RI/AAAAAAAABxw/-yGfTxO1Pvw/s400/pulpito.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376847900606201106" border="0" /></a><span style="font-style: italic;font-family:verdana;" >Por:</span><span style="font-style: italic;"> </span><span style="font-style: italic;font-size:100%;" ><span style="font-family:verdana;">Gutierres Siqueira </span></span><br /></div><br /><span style="font-family:verdana;">A igreja evangélica brasileira vive uma tragédia: a morte do púlpito. Nunca na história do protestantismo houve tanto desprezo pela pregação cristocêntrica, preparada com esmero e preocupada com a correta interpretação das Escrituras. O púlpito tem sido substituído pelo altar dos “levitas” ou para os ”sacrifícios” em dinheiro dos mercenários mercantilistas. A “pregação” da Palavra é, hoje, conceituada como qualquer um que sobe na plataforma e começa a falar ou gritar.</span><br /><span style="font-family:verdana;"> </span><br /><span style="font-family:verdana;">Talvez você, lendo esse texto, pense: - “Na minha igreja a pregação é sempre um espaço grande e recebemos visitas de diversos pregadores”. Esse artigo quer alertar que não basta um tempo grande para a pregação e nem que a plataforma esteja cheia de homens engravatados; antes é necessária a avaliação da qualidade dessa pregação. A pregação precisa ser avaliada, assim como fazia os cristãos bereanos, que por sua nobreza, comparam as homilias de Paulo com as Sagradas Escrituras.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Quais são as causas da “morte do púlpito” no evangelicalismo moderno?</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">A) </span>Espiritualidade em baixa é igual à pregação sem qualidade.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">A pobreza das pregações é evidente nesses últimos dias, pois isso é conseqüência direta da pobreza na vida cristã, pois como dizia Arthur Skevington Wood: “Leva-se uma vida inteira para preparar um sermão, porque é necessária uma vida inteira</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">para preparar um homem de Deus”. Enquanto a espiritualidade da Igreja estiver em baixa, a pregação, por mais espiritual que ela pareça ser, não passará de palavras jogada ao vento. Não basta uma pregação erudita, mas a erudição deve ser acompanhada de contrição, humildade e oração, pois bem escreveu E. M. Bounds: “Dedique-se ao estudo da santidade de vida universal. Sua utilidade depende disso. Seus sermões duram não mais do que uma ou duas horas; sua vida prega a semana inteira.”</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Hoje existem muitas igrejas que oram “bastante”, são campanhas atrás de campanhas, mas essas orações não passam de busca “dos próprios deleites” ou de “determinações” de bênçãos. Ora, a oração sem a busca da face de Deus é uma característica do evangelicalismo contemporâneo. Uma igreja que ora errado, logo terá pregadores pobres.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">B)</span> A falta de preparo para pregar.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Erudição, esmero e homilética não são inimigos da espiritualidade. Um mito vigente na igreja brasileira é que quem se prepara muito para pregar, terá uma pregação “não ungida”. Isso é mera desculpa de pregador preguiçoso. Você, leitor, já deve ter visto alguém dizer: - “Quando cheguei aqui não sabia o que ia pregar, mas assim que subi nesse altar o Espírito Santo me revelou outra Palavra” ou “Eu não preparo pregação, o Espírito de Deus me revela”… São frases irresponsáveis e brincam com o Espírito Santo, atribuindo a Ele sua preguiça de passar várias horas em estudo e oração para pregar a Palavra.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Hoje, pregar com esboço em papel é quase um pecado em muitas igrejas; alguns olham com “cara feia” para os que levam algo escrito em sua homilia. Será que não sabem que um dos sermões mais impactantes da história, foi literalmente lido pelo pregador. Esse sermão era “Pecadores na mão de um Deus irado”, que Jonathan Edwards pregou em 08 de Julho de 1741 na capela de Enfield. O biógrafo de Edwards, J. Wilbur Chapman , relatou:</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Edwards segurava o manuscrito tão perto dos olhos, que os ouvintes não podiam ver-lhe o rosto. Porém, com a continuação da leitura, o grande audi tório ficou abalado. Um homem correu para a frente, cla mando: Sr. Edwards, tenha compaixão! Outros se agarra ram aos bancos, pensando que iam cair no Inferno. Vi as colunas que eles abraçaram para se firmarem, pensando que o Juízo Final havia chegado.<span style="font-size:85%;">[1]</span></span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">C) </span>Ter uma visão pragmática sobre a pregação.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Para muitos, uma pregação só é válida se houver resultados. As pessoas não querem saber se o conteúdo da pregação é biblico ou herético, mas preferem esperar pelos resultados propagados pelo pregador. A primeira motivação dos pragmáticos é buscar a praticidade, portanto o pragmatismo é casado com o imediatismo, onde tudo tem quer ser aqui e agora.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">O conceito de pregação “ungida” é bem pragmática, pois para boa parte da comunidade evangélica, a boa pregação tem que envolver o emocional, nesse contexto nasce frases do tipo “crente que não faz barulho está com defeito de fabricação”. Se não houver choro, gritos, pulos ou outras manifestações “espirituais”, a pregação perde o seu valor para aos cristãos atuais.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Pregadores pragmáticos gostam de ver seus ouvintes interagindo exageradamente no culto. É constante dos pregadores mandarem as pessoas glorificarem e até falar em línguas. Nesses cultos a justificativa para essas ordens é que “quando a glória daIgreja sobe, a glória do céu desce”. Não há respaldo bíblico para esse tipo de pensamento que é passado como algo bíblico. A emoção e as experiências fazem parte da vida cristã, mas não devem normatizar a liturgia ou direcionar os crentes, pois os verdadeiros cristãos tem a Palavra de Deus, e somente Ela, como regra de fé e prática.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-weight: bold;">D)</span> Pastor-professor X pregador-ator</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Eis o dilema existente no evangelicalismo moderno. O pastor-mestre foi substituído pelo pregador-carismático-ator. O mestre que orientava a sua congregação nas Sagradas Letras, sendo um homem de estudos e contemplativo, era característico de piedosos servos de Deus, como Charles Spurgeon, Jonathan Edwards, D. L. Moody etc.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">O púlpito tem sido morto pelo estrelismo de pastores-atores, que confundem a plataforma da igreja com um palco para entretenimento, são pessoas que pregam o que a congregação quer ouvir e fazem de seus carismas uma imposição de sua pessoa. Quem estuda a história da igreja, verá que os piedosos servos de Deus, da Reforma as Grande Despertamento do século 18, eram homens de grande interesse pela pregação expositiva, onde o texto fala por si só. A partir do século 19, os sermões são cada vez mais temáticos e os pregadores mais articulados no estrelismo.</span><br /><span style="font-family:verdana;"> </span><br /><span style="font-family:verdana;">O Movimento Pentecostal peca, e gravemente, em não valorizar os sermões bem preparados e articulados, ungidos pelo Espírito Santo, para edificação da congregação. Em uma piedade aparente, muito exaltam a ignorância como virtude, justificando os sermões artificiais, sem profundidade e recheados de chicles, modismos e até heresias.</span><br /><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><br /><span style="font-family:verdana;">Autor: Gutierres Siqueira </span><br /><span style="font-family:verdana;">Fonte: </span>Teologia Pentecostal<br /><span style="font-family:verdana;">Via: Pensar e Orar</span><span style="font-family:verdana;"></span><br /></span><span style="font-size:85%;"><br /><span style="font-family:verdana;">Referência Bibliográfica:</span><br /><span style="font-family:verdana;">1. BOYER, Orlando. Heróis da Fé. 15 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 03.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-7011059607174954602009-09-18T08:56:00.000-03:002009-09-18T08:57:51.801-03:00Eutanásia EspiritualEutanásia Espiritual<br /><br />Por : Araripe Gurgel<br /><br />"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." (1 Tm. 4:1).<br /><br />Um dos principais sinais que o fim dos tempos está se aproximando é que grande parte das igrejas cristãs começa a se afastar dos fundamentos da fé.<br /><br />Quando um pastor deixa de ensinar "todos os desígnios de Deus" e começa a incorporar elementos humanos e extrabíblicos no ensino e no serviço, está literal e biblicamente abrindo a porta para o Anticristo.<br /><br />Para um pastor, esse afastamento dos fundamentos da fé pode ser simplesmente deixar de pregar sobre a pecaminosidade inerente do homem, transformando seus sermões em variações do tema "o amor de Deus" e a síndrome psicológica do "sinta-se bem consigo mesmo".<br /><br />Ou então, esse afastamento pode ocorrer quando o pastor permite que ensinos extrabíblicos entrem na igreja porque estão na moda e ajudam a aumentar o número de pessoas que vêm à igreja.<br /><br />Gradualmente, a igreja local foi transformada de um lugar onde se ouvia um homem de Deus expor a Palavra de Deus ao povo, para um local de entretenimento religioso.<br /><br />A situação se deteriorou tanto que chegamos ao ponto em que a igreja agora precisa recorrer ao marketing profissional para alcançar o mundo e conseguir crescer mais.<br /><br />O crescimento de igreja tornou-se a ordem do dia, e os programas e esquemas precisam ser colocados em ação para atender aos objetivos estabelecidos para o crescimento. É a igreja voltada para resultados.<br /><br />A igreja voltada para resultados baseia-se nos princípios. De que o fim justifica os meios. O "fim", na maioria das vezes, é o crescimento da igreja e os padrões das Escrituras são subordinados ou ignorados quando se observa que prejudicam esse crescimento.<br /><br />Os métodos para o crescimento da igreja também não são especificamente definidos e dependem principalmente dos aspectos demográficos e mercadológicos de uma determinada localidade.<br /><br />Usar uma diretriz específica, como as Escrituras, é um empecilho a esses esforços de marketing e, portanto, as percepções do pastor e da agência de consultoria precisam ser utilizadas para obter o resultado adequado.<br /> <br />O ensino dogmático das doutrinas e da teologia também pode ser um empecilho ao crescimento da igreja, simplesmente por que a "doutrina divide".<br /><br />Portanto, a abordagem deve ser mais de um guia prático para tratar os problemas do dia a dia, como as finanças pessoais, relacionamentos, educação de filhos, e outras necessidades sociais daqueles que responderam aos programas de evangelização.<br /><br />Todos os programas, música e teatro devem ser coreografados com a noção de entreter com uma mensagem religiosa positiva, de modo a atrair mais pessoas aos serviços da igreja e, ao mesmo tempo, sem deixar ninguém de fora.<br /><br />Com esses objetivos, a igreja evoluiu de uma fortaleza onde aqueles de mesma fé eram convencidos do pecado, repreendidos, nutridos, edificados, instruídos, e enviados ao mundo para alcançar os perdidos, para um palco aberto para que todos os presentes "experimentem Deus".<br /><br />Para garantir que essa seja uma experiência positiva para todos, as exposições negativas de qualquer grupo ou indivíduo visto como nominalmente "cristão" não podem ser toleradas e uma atitude de "religiosamente correto" deve prevalecer.<br /><br />A igreja também precisa ter uma equipe de "conselheiros cristãos" formados em "Psicologia Cristã" para atender às necessidades das pessoas que ficaram frustradas na busca de respostas para os "problemas complexos" do mundo de hoje nas páginas daquele documento antigo e simplista que chamamos de Palavra de Deus.<br /><br />Basicamente, todos os que estão envolvidos no ministério precisam ter em vista os resultados - tudo o mais está subordinado aos resultados.<br /><br />"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade." (2 Pedro 2:1-2)<br /><br /> "A cumplicidade com o erro tirará dos melhores homens o poder de entrar em qualquer protesto bem sucedido contra o erro. É nossa convicção solene que não pode haver nenhuma comunhão espiritual real, nenhuma falsa associação. A associação com o erro vital e conhecido é participação no pecado. Assim que vi, ou pensei que vi, que o erro tinha se tornado firmemente estabelecido, não vacilei, mas deixei o corpo imediatamente. Desde então meu conselho é, "Saí do meio deles". Acho que nenhum protesto poderia ser igual à separação distinta do mal conhecido. Para não tornar ridículo meu testemunho, afastei-me daqueles que se desviaram da fé, e até mesmo daqueles que se associam com eles. Custe o que custar, a separação daqueles que se separaram da verdade de Deus não é não apenas nossa liberdade, mas nosso dever." <br /><br /> Charles Spurgeon<br /><br />A igreja de Jesus Cristo precisa alinhar-se com os princípios da Palavra de Deus. Esse alinhamento exige que a igreja seja santa e separada do mundo.Tornar-se como o mundo de modo a alcançar o mundo não é um princípio bíblico, mas uma filosofia criada pelo homem.<br /><br />"E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles." (Rm. 16:17).<br /><br />Tornar a igreja mais aceitável à cultura pós-moderna não é nada mais que um esquema de marketing que tem o propósito de inflar os números no rol de membros da igreja.<br /> <br />A metodologia usada para fazer essa transição não é somente uma afronta aos princípios da Palavra de Deus, mas é também a maior ameaça ao verdadeiro cristianismo atualmente.<br /><br /> Pastor na Igreja Cristã da Trindade<br /><br />Fontes.<br />Uma Vida com Propósito - Rick Warren Pragmatismo na Igreja: Uma Religião Orientada Para Resultados e Que Abre a Porta Para o Anticristo - Uma Apostasia com Propósitos – Mac Dominick Biblical Separation - Ernest PickeringUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-55424293555391480022009-09-17T19:31:00.001-03:002009-09-17T19:33:09.818-03:00Procura-se velhos soldados para defenderem velhas verdadesProcura-se velhos soldados para defenderem velhas verdades<br /><br /><br />Por Charles H. Spurgeon<br /><br />A igreja necessita grandemente de cristãos maduros, e especialmente quando há muitos novos convertidos sendo acrescentados a ela. Novos convertidos fornecem ímpeto à igreja, mas a sua espinha dorsal e a sua substância devem, sob Deus, repousar sobre os membros mais maduros.<br /><br />Nós queremos os cristãos maduros no exército de Cristo fazendo o papel de veteranos, inspirando os demais com frieza, coragem e firmeza; porque se o exército inteiro for composto de recrutas inexperientes a tendência será que eles hesitem quando o assalto for mais feroz que o habitual.<br /><br />A velha guarda, os homens que respiraram fumaça e comeram fogo anteriormente, não tremem quando a batalha se enfurece como uma tempestade. Eles podem até morrer, mas jamais se rendem. Quando eles ouvem o grito de "Avante," eles podem não avançar tão agilmente à frente como os soldados mais jovens, mas eles arrastam a artilharia pesada, e o seu avanço uma vez conquistado, é seguro. Eles não vacilam quando os tiros voam intensamente, porque eles se lembram de antigas batalhas em que Jeová cobriu suas cabeças. A igreja precisa, nestes dias de fragilidade e falta de compromisso, de crentes mais decididos, profundos, bem-instruídos e confirmados.<br /><br />Nós somos assaltados por todo tipo de doutrinas novas. A velha fé é atacada por assim-chamados “reformadores” que adorariam reformá-la completamente. Eu espero ouvir notícias de alguma doutrina nova uma vez por semana. Tão freqüentemente como a lua muda, um ou outro profeta é movido a propor alguma nova teoria, e acreditem, ele lutará mais bravamente por sua novidade do que jamais fez pelo Evangelho. O descobridor se acha um Lutero moderno, e da sua doutrina ele pensa como Davi pensou da espada de Golias: "Não há outra semelhante."<br /><br />Como Martinho Lutero disse de alguns nos seus dias, estes inventores de novas doutrinas encaram suas descobertas como uma vaca diante de um portão novo, como se não houvesse nada mais no mundo para se encarar. Eles esperam que todos nós fiquemos loucos por seus modismos e marchemos de acordo com o seu apito. Ao que nós damos ouvidos? Não, nem por uma hora.<br /><br />Eles podem reunir uma tropa de recrutas inexperientes e conduzirem-nos para onde quiserem, mas para crentes confirmados eles soam suas cornetas em vão. Crianças correm atrás de qualquer brinquedo novo; em qualquer pequena apresentação de rua os garotos ficam todos excitados, boquiabertos; mas os seus pais têm trabalho por fazer, e suas mães têm outros assuntos em casa; aquele tambor e aquele apito não vão atraí-los.<br /><br />Pela solidez da igreja, pela firmeza da fé, por sua defesa contra os recursivos ataques de hereges e infiéis, e pelo avanço permanente dela e a conquista de novas províncias para Cristo, nós não queremos apenas seu sangue jovem, quente, o qual esperamos que Deus sempre nos envie pois é de imensa utilidade e não poderíamos ficar sem. Mas nós também precisamos dos corações frios, firmes, bem-disciplinados e profundamente experimentados de homens que conhecem por experiência a verdade de Deus, e atém-se firmemente ao que aprenderam na escola de Cristo.<br /><br />Que o Senhor nosso Deus nos envie muitos desses. Eles são extremamente necessários.<br /><br />Via : Pulpito Cristão<br />Fonte: Mulheres com PropósitosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-7371901694063945782009-09-12T21:37:00.001-03:002012-10-22T21:44:09.892-03:00Raio x do evangelicalismo Raio x do evangelicalismo<br />
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Por: Aldair Ramos Rios<br />
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Mas, ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. E todos os moradores da terra são reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes?.(Daniel 4:34-35/ Veja vv.19-37)<br />
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Seria exagero afirmar que vivemos no apogeu do humanismo? Seria exagero afirmar que o evangelicalismo esta em crise?<br />
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A evidência está presente nos meios de comunicação. O que vemos? Homens determinando para Deus? Exigindo? Proibindo? Sim é isso o que vemos.<br />
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Nabucodonosor é o maior exemplo das consequências proveniente do antropocêntrismo. Mesmo após ter seu sonho interpretado por Daniel e sido exortado a deixar o pecado (Dn 4:27); Nabucodonosor continuou em sua vanglória, achando-se autosuficiente.<br />
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"Ao fim de doze meses, quando passeava no palácio real de babilônia,Falou o rei, dizendo: Não é esta a grande babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência. Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino. E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer."<br />
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Não tem sido esta a posição do evangelicalismo moderno? não é o evangelho antropocêntrico que está sendo anunciado?. Onde o homem coopera com Deus tornando-se um co-salvador?.Deus não reparte a sua glória com ninguém.<br />
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".Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura."(Isaias 42:8)<br />
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As consequências do pecado são seríssimas, o apóstolo Paulo escrevendo ao Gálatas Advertiu: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." (Gálatas 6:7)<br />
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O humanismo propagou a sua teoria anti-cristã e inculcou nas mentes dos homens a idéia de que eles são o centro de todas as coisas... "Hoje temos assistido à consumação inevitável de tais compromissos anti-cristãos. O homem se mostra confiante na sua racionalidade a qual supõe potencialmente onisciente, adorando-se como criador e provedor, arquiteto e intérprete do universo, centro de toda a realidade, e o sentido do mundo e da existência. Ele ouve a voz que lhe sussurra: "Certamente não morrerás; pelo contrário, tu serás como o próprio Deus! (Gn 3.4-5)"(Ricardo Quadros Gouvêa)".<br />
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Porém o duelo entre a posição teocêntrica e antropocêntrica não é novo."No inicio do quinto século, ...entraram em conflito direto em uma memorável forma personificada nas pessoas de Agostinho e Pelágio. Ambos estavam verdadeiramente envolvidos em uma busca intensa para a melhora da vida de homens e mulheres. Porém Pelágio em suas exortações colocava o homem como total responsável em seus atos; eles eram capazes, declarava ele, de fazer tudo aquilo que Deus havia ordenado, de acordo com suas próprias forças, pois se isso não fosse verdade, Deus não o teria ordenado. Agostinho ao contrário apontava os seres humanos em suas fraquezas e total dependência de Deus; "Ele mesmo", disse Agostinho, em seu fervoroso discurso, "Ele mesmo é o nosso poder".O primeiro pregava a "religião" baseada em uma autodependência, já o segundo pregava uma religião de total dependência em Deus; o primeiro pregava uma "religião" de obras; o segundo, uma religião de fé. O primeiro não pode ser considerado religião, seus ensinos representam mero moralismo; o segundo ensina verdadeiramente aquilo que significa religião. " (B.B. Warfield)<br />
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As influências do pelagianismo estão redivivas e presentes na teologia moderna, trazendo prejuízos a sã doutrina, gerando confusões e incertezas. O Rev. Hernandes Dias Lopes avaliou bem a presente situação do evangelicalismo.<br />
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"A igreja contemporânea mudou a sua ênfase. A pregação moderna não diz que o fim principal do homem é glorificar a Deus, mas o fim principal de Deus é glorificar o homem. O evangelho moderno ensina que é Deus quem está a serviço do homem e não o homem a serviço de Deus. O foco mudou. Não é mais Deus que é a medida e o fim de todas as coisas, mas o homem que é a medida de todas as coisas.<br />
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Hoje o homem trocou Deus pelas dádivas de Deus. As pessoas querem a salvação e não o salvador. Querem os dons e não o doador. Querem coisas e não Deus."<br />
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A visão de Deus em seu trono, regendo o universo foi perdida, por isso, precisamos voltar urgentemente para a Escritura Sagrada. O que ela diz? O que Deus revela de si mesmo?<br />
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A escritura ensina que... "A soberania de Deus é universal. Ela se estende sobre toda a sua criação; animada e inanimada - e da mais alta forma de criatura vivente até a mais baixa. No reino das criaturas vivas, Deus exerce poder sobre anjos, humanidade e animais inferiores"(Gordon Lyons).<br />
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"O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.".(Salmo 103:19)<br />
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Que gloriosa revelação da palavra de Deus, o Senhor esta assentado em seu trono, ele é Rei e o Rei governa, dá as ordens, faz o que bem entender com aquilo que lhe pertence, o seu reino domina sobre tudo, sendo que nenhuma autoridade aqui em baixo pode existir se por Deus não for dada."...o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles.(Daniel 4:17 )..., essa foi uma lição que Pilatos precisou aprender da boca do próprio Jesus.<br />
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"Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem."(Jo 19:10,11). <br />
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Acaso poderia a criatura impedir o agir do criador? Estaria Deus impedido de agir se a sua criatura não lhe desse permissão? ...Jamais..."Nenhum limite pode, e nem será, posto no lugar da autoridade, poder ou controle soberano de Deus... Nada em toda a criação é capaz de resistir à vontade de Deus, ou frustrar os Seus propósitos - seja por meio de homens, super-homens, anjos, espíritos caídos ou maus, ou qualquer outra coisa".(Gordon Lyons).<br />
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Ora tudo foi Criado por Ele, ele é dono de tudo. Foi diante dessa verdade que o apostolo Paulo, escrevendo aos irmãos de Roma, conclui:<br />
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"O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus. Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos. Porque quem compreendeu a mente do Senhor ou quem foi seu conselheiro Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado. Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." (Rm 11:33-36)<br />
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Porventura, não é lícito ele fazer o que bem entender com aquilo que lhe pertence?<br />
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O SENHOR frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos. O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações. (Salmos 33:10-11)<br />
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"Este é o desígnio que se formou concernente a toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem, pois, o invalidará? A sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás? "(Isaías 14:26-27)<br />
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"Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer." (Atos 4:28)<br />
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Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.(Isaías 14:24)<br />
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O inferno inteiro pode se levantar contra a doutrina da soberania de Deus, mas jamais poderá vencer. O Senhor está assentado em seu trono, no controle, sua voz é poderosa. Toda a criação treme na sua presença...Ele é o Senhor Todo-Poderoso, aquele que nunca perdeu uma guerra.<br />
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Soli Deo Glória<br />
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Bibliografia consultada<br />
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- O que é calvinismo?/ B.B Warfield-site monergismo<br />
- A extensão da Soberania de Deus/ Gordon Lyon-site monergismo<br />
- Calvinistas também pensam, uma introdução a filosofia reformada/Ricardo quadros Gouvêia<br />
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Autor: Aldair Ramos Rios<br />
Fonte: [ Reforma para os nossos dias ]Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-27583454610614354572009-08-05T22:49:00.000-03:002009-09-18T20:41:27.357-03:00A Oferta Sincera do EvangelhoA Oferta Sincera do Evangelho<br /><p>John H. Gerstner<br /><br />Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto<br /><br />Essa é certamente uma discussão interessante, informativa, vívida e erudita da essência do chamado do evangelho a toda a humanidade. Em minha opinião, o Professor Engelsma cuidadosamente define e convincentemente evita o "hiper-Calvinismo", além de proteger sua denominação, as Igrejas Protestantes Reformadas [Protestant Reformed Churches], de tal ensino.<br /><br />O lugar do debate entre os calvinistas diz respeito ao que é chamado de "a oferta sincera". Deixe-me primeiramente explicar o que se quer dizer por "oferta sincera" e a área de diferença entre os calvinistas com respeito a ela.<br /><br />Há muita coisa relacionada a esse título que é compartilhada por todos os calvinistas, embora algumas vezes com diferentes terminologias; a saber, que os réprobos ouvem o chamado e esse é um chamado "sério" para eles. Há uma parte do significado entendido pelo termo "oferta sincera" que é afirmado por muitos calvinistas hoje, e negado por outros; a saber, que Deus deseja e tenciona a salvação dos réprobos no chamado que os mesmos ouvem ou lêem.<br /><br />A "oferta sincera" é entendida, por ambas as partes, como incluindo a noção de que Deus tenciona e deseja a salvação dos réprobos, quando o evangelho de Jesus Cristo é pregado a todo que ouve com seus ouvidos ou lê com seus olhos. O falecido John Murray e Ned. B. Stonehouse, no documento A Livre Oferta do Evangelho [The Free Offer of the Gospel], e a Igreja Presbiteriana Ortodoxa puderem declarar em 1948:<br /><br /> ... há em Deus uma benignidade benevolente para com o arrependimento e salvação até mesmo daqueles a quem ele não decretou salvar. Esse prazer, vontade e desejo é expresso no chamado universal ao arrependimento... A oferta plena e livre do evangelho é uma graça concedida sobre todos. Tal graça é necessariamente uma manifestação de amor ou benignidade no coração de Deus, e essa benignidade é revelada como sendo de um caráter ou tipo que é correspondente com a graça concedida.<br /><br /> A graça oferecida não é nada menos que a salvação em sua riqueza e plenitude. O amor ou benignidade por detrás dessa oferta não é nada menos que a vontade para essa salvação. Em outras palavras, é Cristo em toda a glória da sua pessoa e em toda a perfeição da sua obra consumada que Deus oferece no evangelho. A vontade amorosa e benevolente que é a fonte dessa oferta e que fundamenta sua veracidade e realidade é a vontade para a possessão de Cristo e o desfrutar da salvação que reside nele (citado em Hyper-Calvinism & the Call of the Gospel, p. 43).<br /><br />Eu coloquei em itálico as três declarações que, nesse contexto, podem apenas significar que Deus deseja e tenciona ("vontade" é usada com o sentido de "intento") a salvação dos réprobos. Outras coisas que são afirmadas podem ser assim interpretadas, mas não sem certa ambigüidade. Todos os calvinistas (e, de fato, todos os cristãos) concordam que nem todas as pessoas serão salvas. Arminianos são campeões em advogar a noção de que Deus deseja e tenciona a salvação de toda pessoa. Os calvinistas não, mas aqui os calvinistas John Murray, Ned. B. Stonehouse e a Igreja Presbiteriana Ortodoxa promovem tal ensino.<br /><br />Por outro lado, Herman Hoeksema, a denominação Protestante Reformada e nosso autor David Engelsma neste livro, enfaticamente rejeitam a "oferta sincera" como incluindo o desejo e a intenção de Deus de salvar os réprobos.<br /><br />Como um calvinista, não associado com a denominação Protestante Reformada, e divergindo nitidamente de algumas das suas posições doutrinárias, sinto ser absolutamente necessário concordar com ela aqui, onde a mesma permanece quase sozinha hoje e sofre a vituperação massiva e a ridicularização de calvinistas (não menos que nós!) por sua fidelidade nesse ponto ao evangelho de Deus.<br /><br />Eu tive o privilégio incomparável de ser um estudante dos Professores Murray e Stonehouse. Com lágrimas no meu coração, afirmo confiantemente que eles erraram profundamente no documento A Livre Oferta do Evangelho e morreram antes de perceber o seu erro, o qual, por causa da alta reputação justificada que possuem pela excelência Reformada em geral, ainda causa prejuízo incalculável à causa de Jesus Cristo e à proclamação do seu evangelho.<br /><br />É absolutamente essencial à natureza do único Deus verdadeiro e de Jesus Cristo, a quem ele enviou, que tudo que a Majestade soberana deseje ou intente aconteça com a mais plena certeza – sem concebilidade de fracasso nem sequer num jota! Soli Deo Gloria! Amém e amém para todo sempre! Deus nunca poderá sequer desejar ou intentar algo que não aconteça, ou ele não será o Deus vivo e feliz de Abraão, Isaque e Jacó, mas um ser eternamente miserável, que derrama lágrimas de frustração por não ser capaz de impedir o inferno e nunca poder acabar com o mesmo, destruindo assim a si mesmo e o céu no processo.<br /><br />Deus, o "bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!" (1Tm. 6:15,16).<br /><br />John H. Gerstner<br />Ligonier, PA<br /><br /><br /><br /><br /><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-22537743524888057492009-07-12T19:29:00.000-03:002009-09-18T20:42:16.935-03:00Razões Para Não Estudar TeologiaRazões Para Não Estudar Teologia<br /><br />Pr. Marcelo Lemos<br /><br />razões-não-estudar-teologia<br /><br />Meu primeiro dia no Seminário, como aluno, foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Finalmente, ali estava eu, pronto para penetrar a mente de grandes pensadores da religião cristã como Lutero, Calvino, Wesley, Finney! O que estes homens haviam descoberto nas Escrituras? Onde eles tinham acertado ou errado? Quais contribuições eles haviam nos deixado? Poderíamos somar alguma contribuição às deles?<br /><br />Podem me chamar de idealista, mas eu estava cheio de esperança e alegria. Acreditava que ali, estaria unindo-me a jovens e adultos que pretendiam fazer a diferença na história da Igreja. E penso que eles desejavam isso. No entanto, logo viriam algumas decepções.<br /><br />Desapontamentos que não se dissiparam com o tempo. Muito pelo contrário, se agravaram bastante, principalmente nos meus dias de professor de seminário. Não que me tenha sido uma tarefa triste ensinar, o duro foi compreender que muitos estudantes não são capazes de se deixarem ensinar. É uma constatação decepcionante.<br /><br />Além de idealista, talvez eu seja também presunçoso. Se for presunção acreditar que ser um teólogo é algo mais do que um anel e um diploma na parede, então, aceito a acusação. Se acreditar que ser teólogo é pensar, refletir, questionar, desconstruir e reformar, então, podem somar mais esta imperfeição a minha já longa lista de imperfeições.<br /><br />Ao ler as próximas linhas, alguém poderá se sentir diante de palavras exclusivamente negativas. Mas não. Por trás de cada um destas negativas, o leitor poderá perceber um apaixonado apelo por uma teologia real, construtiva e relevante. Sem querer minimizar o valor do estudo formal, afirmo que um diploma não é o suficiente para tornar você um teólogo. Ser teólogo não é repetir resumos enlatados em pobres apostilas institucionais; ser teólogo é fazer teologia; ser teólogo é pensar.<br /><br />Quer vir comigo? Antes de vir, reflita se você está realmente disposto a caminhar neste mundo fascinante, mas, ao mesmo tempo, tão árduo. As observações a seguir são pensamentos gerais, a fim de nos levar a reflexão. Ninguém pode possui tudo o que se espera ou deseja, seja qualquer for sua vocação, entretanto, para não ser apenas mais um ‘anelado’ enfeitando os púlpitos por ai, faz-se necessário, ao verdadeiro teólogo, caminhar uma segunda milha.<br /><br />Não faça teologia se você é preguiçoso.<br /><br />Alguns estudantes de teologia alegam que não gostam, ou não sabem escrever. É um quadro triste. Não poucas vezes fui procurado por diversos destes estudantes dispostos a me pagarem até R$ 90,00 por um trabalho de trinta páginas! Eu sei que isso não é privilégio dos estudantes de teologia, é um câncer generalizado no sistema educacional do nosso país. Também conheço estudantes de pedagogia, filosofia, enfermagem que fazem a mesma coisa… Fiz algumas contas e cheguei a seguinte conclusão: se eu passar a aceitar alguns destes trabalhos, em pouco tempo terei um próspero negócio – ilegal, é claro!<br /><br />A dificuldade que temos para escrever revela um outro mal: a incompetência como leitores. Não conseguimos escrever porque não conseguimos ler. E o pior: segundo algumas pesquisas, mesmo quando o Brasileiro é forçado a ler, ele compreende muito pouco!<br /><br />Os estudantes de teologia não são piores do que os outros apenas por não gostarem de ler e de escrever. São piores porque escolheram a Teologia. Um verdadeiro teólogo é alguém que defenderá a cosmovisão bíblica como tendo a resposta para as questões ultimas da vida, inclusive para a educação e o progresso histórico. Para tanto, o teólogo precisa não apenas imaginar isso, ele precisa viver isso, lutar por isso, fazer parte disto!<br /><br />Se existe alguém que tem sobre seus ombros a responsabilidade de reformar a Igreja e a Sociedade a sua volta, este alguém é o teólogo, a menos que ele tenha uma visão muito pobre sobre a cosmovisão cristã. Neste caso, ele fatalmente se alistará àqueles que engrossam as fileiras do exército da religião utilitarista.<br /><br />Não faça teologia se a sua preocupação precípua é o aplauso.<br /><br />Ser pentecostal pode ser bem complicado, as vezes… Caso você queira fazer teologia, possivelmente encontrará algumas objeções pelo caminho. Ainda hoje muitos imaginam o saber teológico como sendo algo contrário a uma vida de comunhão e poder espiritual. Todavia, você também encontrará aqueles que o incentivaram, e será recebido por algumas Igrejas que simplesmente se deleitam ouvindo homens de perceptível cultura bíblica.<br /><br />Ou seja, você enfrentará pedras, e aplausos. Um pouco mais do primeiro, certamente – mesmo que de forma velada, na maioria dos casos.<br /><br />Todavia, não espere pelos aplausos. Contente-se com as pedras: espere por elas! O motivo é bem simples: caso os aplausos sejam sua razão de ser, rapidamente você sucumbirá ao status quo a sua volta. Então, você perderá a chama da Reforma que deveria incendiar o seu coração a cada nova manhã. Para fazer a diferença, para não ser engolido pela crescente massa de mercadores da religião, você não pode fazer dos aplausos o alvo da sua vida!<br /><br />Estou certo de que seria muito mais popular caso dedicasse minha vida a pregar o arminianismo, ou então, a divulgar gráficos milaborantes sobre as teorias dispensacionalistas sobre o fim dos dias. Porém, se eu assim fizesse, estaria traindo aquilo que minha fé adquiriu do Senhor. Não estou dizendo que você não possa pregar o dispensacionalismo – isso é algo que depende da sua convicção, não da minha. O que digo é que ao aceitar ou rejeitar alguma coisa, enquanto pregador e teólogo, você deve estar comprometido apenas com a verdade, independentemente das conseqüências de sua ação.<br /><br />Não faça teologia se você tem coração sectário.<br /><br />A incapacidade de conviver com quem pensa diferente de nós é algo difícil de ser superado. Não que eu defenda o ecumenismo, não é o caso. O que eu defendo é a catolicidade da fé cristã. Acredito que a fé em Jesus, que é dom de Deus, salva o homem, independentemente da denominação, ou das doutrinas distintivas que ostente – desde que tais distintivos não anulem o Evangelho. Em outras palavras, recebo como irmãos em Cristo, todo aquele que não nega as doutrinas fundamentais expostas nos credos historicamente aceitos pela Igreja.<br /><br />Tenho visto arminianos que negam a salvação a calvinistas, e muito mais calvinistas que negam a salvação aos arminianos. Parece que alguns pertencentes aos dois grupos se vêem como inimigos, e não como irmãos. É evidente que se o arminiano está certo, o calvinista esta errado; ou, do contrário, o calvinista está certo e o arminiano errado. Porém, qual o meio que ambos usam para chegar a Deus? A fé? Se a resposta é sim, onde está o impedimento?<br /><br />Infelizmente, parece que abraçamos uma espécie de “gnosticismo confecional”. A doutrina gnostica defendia que a salvação do homem está condicionada a certo conhecimento que se deveria obter. O homem, segundo tal doutrina, é salvo com base no conhecimento que possui. O Evangelho, porém, não fala de uma salvação condicionada ao conhecimento, mas condicionada a fé. Este é o todo o conhecimento necessário: que Cristo morreu por nós quando ainda erramos pecadores.<br /><br />Ora, acabo de me contradizer, pois afirmo que a fé é o ‘único conhecimento necessário’, logo depois de afirmar que o Evangelho ‘não fala de uma salvação condicionada ao conhecimento’. Vou, então, tentar ser mais claro: não somos salvos pela confissão de fé distintiva desta ou daquela Igreja, somos salvos pela confissão de fé em Jesus! Se há algum conhecimento necessário é que Jesus veio ao mundo salvar pecadores.<br /><br />Não faça teologia se você pensa que isto lhe trará dinheiro.<br /><br />Você dificilmente ficará rico através da teologia, a menos, claro, que sua teologia seja a da prosperidade, ou algo semelhante… Se você quer ficar rico por meio da religião, eu lhe indicaria outros caminhos,<br /><br /> * Você pode começar a contar uma história excepcional de livramento ou milagre. Neste caso você provavelmente dará inicio a um prospero ministério de ‘curas e milagres’, que atrairá a si multidões enormes de pessoas das classes C e D.<br /><br /> * Você também poderia montar um grupo de louvor e adoração. É aconselhável que se apresentem como ‘levitas’, e não se esqueçam de relatar alguma experiência excepcional por meio do que você foi vocacionado pelo Senhor a conquistar o Brasil para Jesus. Não se esquecendo de tais detalhes você poderá até cantar diversas heresias, mas a ‘áurea’ de ‘ungidos’ te protegerá de toda critica, tornando seu ministério inabalável.<br /><br /> * No caso de você ser assembleiano é aconselhável que você faça uma boa propaganda quanto aos seus dotes de ‘conferencista internacional’, ou de sua vocação para ‘promotor de avivamento’. É quase infalível. Se for uma pessoa carismática, poderá ganhar alguns milhares de reais por cada noite de pregação. Caso seja apenas uma pessoa corajosa, mas sem muito carisma e charme, ainda assim poderá ganhar uns duzentinhos por cada noite de pregação.<br /><br /> * Você além tiver vocação para a pilantragem, existe um caminho que é também quase infalível – faça macumba gospel. Se no seu bairro ainda não existe alguém que faça, seja o pioneiro; todavia, se prepare para a concorrência que logo te dará dores de cabeça. Por isso, tenha na manga uma boa lista de ‘rituais’ impactantes: tapetes de fogo, diploma de dizimista, água benta (que você poderá ‘envagelicar’ chamando por ‘água ungida’), rosa ungida, cajado de Moisés, bolo da multiplicação, óleo de mirra, óleo de Israel, fogueira santa… E para fechar a semana com chave de ouro, não se esqueça nunca de levar os pedidos de oração para o monte, a fim de queimá-los perante a face do Senhor.<br /><br /> * Você pode criar uma seita honesta. Que é uma seita honesta? É aquela que assume que é seita, e não quer obrigar ser considerada evangélica – entendeu? Algumas seitas são financeiramente bem sucedidas; não abra mão desta possibilidade antes de tomar sua decisão final.<br /><br />Penso que o ideal é que o teólogo, e também o pastor, seja duplamente vocacionado. Há muitas vantagens aqui. Uma delas é tirar dos ombros das Igrejas locais o ônus de bancar integralmente o custo de um ministro ordenado: principalmente no caso de Igrejas históricas, já que no pentecostalismo clássico, não há ministros assalariados em Igrejas locais, exceto raríssimas exceções. Mas, em ambos casos, ministros com dupla vocação seriam de grande utilidade para a Igreja, recebendo da Igreja apenas uma ajuda de custo devido suas atribuições ministeriais.<br /><br />Não faça teologia se você não tem amor pelo ensino, ou pela pregação.<br /><br />Não há razão de ser um teólogo que não ensina, seja lecionando, seja pregando. Parece-me que muitos gostam de ostentar ‘anel’, e poucos se dedicam à tarefa para a qual foram treinados. É comum sabermos de pessoas que estão estudando teologia e que na pratica continuam professores e pregadores superficiais. Para mim, tal atitude significa desprezo pelo ensino. Se já me decidi por ser um pregador superficial toda a vida, então, qual o motivo para estudar teologia? Ah! Sim! Já ia me esquecendo… o anel!<br /><br />No banco do seminário teológico, espera-se que o estudante conheça a exegese, e hermenêutica, a homilética, a gramática grega… Porém, quando este mesmo estudante sobe no púlpito ele continua discorrendo sobre “10 Passos Para a Vitória!”. Falta-lhe ainda amor ao ensino, falta-lhe compromisso inabalável com simplicidade do Evangelho.<br /><br />No caso da pregação, eu sempre aconselho o jovem a não desejar ser um grande pregador, já que tal ‘status’ está forçosamente associado a demonstrações de carisma, poder pessoal e emocionalismos. Antes, aconselho-os, assim como aconselho a mim mesmo, a desejar ser apenas um porta-voz fiel da mensagem bíblica. É aqui que se encontra a essência do ministério da pregação. Se o pregador desce do púlpito com a certeza de ter sido fiel ao que Deus revelou em sua Palavra, não importa como a Igreja recebeu sua mensagem! Claro que nos dedicamos a tornar nossa fala tecnicamente agradável, além de cativante e relevante, porém, jamais as custas da fidelidade a palavra de Deus!<br /><br />Conheço um jovem pregador chamado Talles. Trata-se, posso dizer francamente, do ‘melhor amigo’ que tenho, numa amizade que já dura mais de uma década. Nos últimos anos tenho aprendido apreciar este homem de Deus como um pregador fiel das Escrituras, mesmo que possamos divergir quanto a algumas doutrinas. Jamais vi, não que me lembre, uma Igreja ‘vir a baixo’ numa pregação do Talles. Com efeito, as pessoas não fazem ‘aviãozinhos’, nem caem ‘arrebatadas’ quanto ele expõe as Escrituras. Todavia, enquanto ele prega, eu olho para o rosto delas e as vejo compreendendo o que ouvem, e sucumbirem diante da clareza das Escrituras.<br /><br />Tudo que Talles faz é: ler o texto Bíblico, normalmente um trecho dos Evangelhos; em seguida ele explica o texto e, então, aplica o texto a vida da Igreja. Talvez você possa estar pensando: “Só isso?!”. Mas, isso é tudo que importa. Isso é pregar o Evangelho. E é tudo que você, enquanto pregador ou teólogo, precisa buscar.<br /><br />Minha esposa costuma dizer que eu penso muito no futuro, e que isso pode ser ruim. Quando nos casamos eu disse a ela: “Em dois anos quero um filho, pois não pretendo assistir a adolescência do meu filho sentado na arquibancada: quero jogar bola com ele!”. Sei que ela está certa, e que o futuro será sempre uma surpresa. Por experiência própria, e tantas vezes em meio a dor, tenho aprendido que o futuro simplesmente acontece. Porém, não consigo evitar refletir quanto o poderá vir, e como nos preparar para o amanhã.<br /><br />Quando penso no futuro da Igreja sinto uma pontinha de desconforto. É possível que neste tempo exista mais teólogos e estudantes de teologia, do que em todas as épocas anteriores somadas justas. Porém, nunca vimos tanta superficialidade e tolice. Que legado deixaremos para a Igreja do futuro? Temo que os cristãos bíblicos do amanhã, olhem para nossa geração e digam: “Vejamos o que não devemos fazer!!”.<br /><br />Apostasia e reforma; nova apostasia, nova reforma. Temos a impressão de que tais ciclos se repetem de tempos em tempos ao longo da História da Igreja. De qual lado estamos? Te convido a fazer parte do grupo que não abre mão da simplicidade do Evangelho de Jesus…<br /><br />Paz e bem.<br /><br />Publicado em AmenidadesUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-39022812000001894522009-07-09T10:19:00.000-03:002009-09-18T20:41:51.844-03:00O Conteúdo da Escritura<h2><a href="http://monergismo.com/?p=1939" rel="bookmark" title="Link permanente para O Conteúdo da Escritura">O Conteúdo da Escritura</a></h2> <p class="authordate"><abbr title="2009-09-08T12:04:26-0300"><br /></abbr></p> <div class="entry"> <p style="text-align: justify;"><em>por William Perkins (1558-1602)</em></p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">As Escrituras se dividem entre o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo Testamento é a primeira parte da Escritura. Escrito pelos profetas em hebraico (com algumas passagens em aramaico), ele predominantemente desenvolve o ‘velho pacto’ das obras (“Moisés e os profetas”, Lc. 16:29). “E, a começar por Moisés e todos os profetas, ele lhes expôs em todas as Escrituras aquilo que dizia respeito a si mesmo” (Lc. 24:27). Divide-se em sessenta e seis livros que podem ser: históricos, doutrinários ou proféticos em seu gênero.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"> </p><h3 style="text-align: justify;">O Antigo Testamento</h3> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><strong>Livros Históricos</strong></p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Os livros históricos registram histórias de certos eventos que aconteceram, ilustrando e confirmando a doutrina que é exposta em outros livros: “Ora, todas essas coisas aconteceram a eles como se fossem exemplos, e foram escritas para nossa admoestação” (1Cor. 10:11); “Pois todas as coisas que foram escritas anteriormente foram escritas para o nosso aprendizado” (Rom. 15:4). São quinze os livros históricos:</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">1. Gênesis é um relato da criação, da queda, da primeira promessa de salvação e do estado da igreja preservada e mantida no contexto de famílias privadas.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">2. Êxodo é um relato da salvação dos israelitas contra os egípcios. Descreve o êxodo, a transmissão da lei e o tabernáculo.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">3. Levítico registra a regulação do culto cerimonial.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">4. Números é um relato da atividade militar do povo na terra de Canaã.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">5. Deuteronômio é um comentário que repete e que explica as leis que figuram nos livros anteriores.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">6. Josué descreve a entrada na terra de Canaã sob a liderança de Josué, bem como a tomada de posse dessa terra.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">7. Juízes é um registro da condição corrupta e incorrigível da igreja e da comunidade de Israel desde os dias de Josué até o período de Eli.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">8. Rute relata os casamentos e a posteridade de Rute.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">9. 1Samuel e 2Samuel registram eventos nos dias dos sacerdotes Eli e Samuel durante os reinados de Saul e de Davi.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">10. 1Reis e 2Reis narram o que ocorreu nos dias dos reis de Israel e de Judá.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">11. 1Crônicas e 2Crônicas contêm uma história sistemática da origem, da ascensão e da queda do povo de Israel, e ajudam a rastrear e a explicar a linhagem de Cristo.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">12. Esdras contém um relato do retorno do povo do cativeiro na Babilônia e do começo da reconstrução da cidade de Jerusalém.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">13. Neemias descreve a reconstrução da cidade que, até então, estava inacabada.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">14. Ester é uma história da preservação da igreja judaica na Pérsia mediante a ação de Ester.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">15. Jó é uma história que investiga as causas de suas provações e conflitos diversos, com desdobramentos eventualmente felizes.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><strong>Livros Doutrinários</strong></p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Os livros dogmáticos ou doutrinários são aqueles que ensinam e prescrevem as doutrinas de nossa teologia. Há quatro desses livros no Antigo Testamento:</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">1. Salmos contém canções sacras adequadas a toda condição da igreja e seus membros individuais, redigidas para serem entoadas com graça no coração (Col. 3:16).</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">2. Provérbios serve de um manual de conduta cristã e nos ensina sobre a piedade em relação a Deus e sobre justiça em relação ao próximo.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">3. Eclesiastes revela a falta de sentido nos prazeres humanos, caso sejam experimentados à parte do temor a Deus.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">4. O Cântico dos Cânticos é uma descrição alegórica do relacionamento entre Cristo e a igreja em termos de uma relação entre um noivo e sua noiva, ou marido e mulher.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><strong>Livros Proféticos</strong></p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Os livros proféticos contêm certas previsões, tanto dos juízos de Deus sobre os pecados do povo, quanto do resgate da igreja a ser finalmente completado com a vinda de Cristo. Essas previsões dos profetas são repletas de convocações ao arrependimento. Elas quase sempre apontam para a o consolo encontrado em Cristo por aqueles que se arrependem.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Era uma característica dos profetas ajudar a memória e a compreensão de seus ouvintes ao registrar resumos de sermões que haviam pregado em maior extensão: “Além disso o Senhor me disse, toma um grande rolo e escreve nele com uma caneta de homem” (Is. 8:1); “Escreve a visão e torna-a clara em tábuas, para que a possa enxergar quem passa a correr” (Hab. 2:2).</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Os livros proféticos são geralmente descritos como ‘Maiores’ ou ‘Menores’. Os profetas ‘Maiores’ registram em detalhe aquelas coisas previstas. Incluem as profecias de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Também estão incluídas as Lamentações de Jeremias, que exprimem a miséria dos judeus durante o tempo da morte de Josias. Os profetas ‘Menores’ lidam de forma mais breve ou com menos detalhe com as coisas previstas para o futuro, ou com algumas dessas coisas pelo menos. São eles: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Esse, então, é o Antigo Testamento.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"> </p><h3 style="text-align: justify;"><strong>O Novo Testamento</strong></h3> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">O Novo Testamento é a segunda parte da Escritura. Seu conteúdo foi escrito em grego pelos apóstolos, ou ao menos aprovado por eles (Cf. “edificados no fundamento dos apóstolos e profetas”, Ef. 2:20). Expõe claramente os ensinos da nova aliança. Pedro aprovou o Evangelho de Marcos, tendo-o encomendado para João Marcos e servido de fonte, conforme a tradição da igreja primitiva relata. E o evangelista João, por sua vez, aprovou o Evangelho de Lucas. A opinião que Eusébio registra, segundo a qual duas passagens nas cartas de Paulo (2Tim. 2:8 e Rom. 2:16) sugeririam que foi ele o autor desse Evangelho, é fraca. Nesses versos Paulo não fala do evangelho como um livro, mas sim de seu ministério como um todo, visto que acrescenta: “pelo qual sofro com problemas como um criminoso, até mesmo com cadeias” (2Tim 2:9).</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">O Novo Testamento contém histórias e cartas.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><strong>Histórias</strong></p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">1. Os quatro Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João contêm uma narrativa da vida, atos e ensinamentos que Cristo mostrou ao mundo, abrangendo o período de sua concepção até a sua subida ao céu. Desses quatro autores, dois foram testemunhas oculares e ouvintes imediatos e, assim, isso reitera a veracidade do relato.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">A diferença entre os Evangelhos pode ser vista da seguinte forma: Mateus provê um relato claro das doutrinas que Cristo ensinou. Marcos conta a história de forma breve, embora seu Evangelho não seja um mero resumo de Mateus, ao contrário do que pensava Jerônimo, pois começa com o relato de forma distinta, e segue uma ordem diferente, lidando com algumas coisas de modo mais geral, além de inserir material novo. Lucas teve como objetivo fornecer uma história precisa, e descreve os eventos numa certa ordem. João se preocupa quase que exclusivamente com a demonstração da deidade de Cristo e dos benefícios que disso podemos tirar.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Jerônimo distinguiu um evangelista do outro por conta de suas diferentes abordagens. Ele diz que Mateus é como um homem, porque começa com a humanidade de Cristo. Marcos é como um leão, porque começa com a pregação de João Batista, semelhante ao rugido de leão. Ele compara Lucas a um boi, porque começa com o sacerdote Zacarias a oferecer seu sacrifício. E João é comparado a uma águia, pois é como se voasse pelas alturas, ao começar com a deidade de Cristo.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">2. Atos dos Apóstolos é uma história bem organizada que registra o trabalho de Pedro e, mais particularmente, de Paulo. Também ilustra o governo da igreja primitiva (Cf. 2Tim. 3:10).</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">3. Apocalipse é uma história profética sobre a condição desde a igreja na época em que o apóstolo João viveu até o fim do mundo.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><strong>Cartas</strong></p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Quanto às cartas, treze delas são de Paulo e cobrem os seguintes temas:</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">1. Romanos: justificação, santificação e os deveres da vida cristã.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">2. 1Coríntios: reformando os abusos da igreja em Corinto.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">3. 2Coríntios: a própria defesa de Paulo, bem como de seu apostolado, contra seus oponentes.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">4. Gálatas: justificação pela fé sem as obras da lei.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">5. Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses: confirmam as igrejas no ensino e nos deveres da vida cristã.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">6. 1Timóteo e 2Timóteo: prescrevem a forma de organização correta para a igreja.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">7. Tito: ordena a igreja em Creta.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">8. Filemom: a recepção ao escravo fugido Onésimo.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Hebreus lida com a pessoa e com os ofícios de Cristo e descreve o caráter da fé que produz fruto em boas obras.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Tiago explica as boas obras que devem acompanhar a fé.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">1Pedro e 2Pedro lidam com a santificação e com as obras da nova obediência.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">1João explica os sinais de uma comunhão com Deus.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">2João foi escrito “à senhora eleita” e trata da perseverança na verdade.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">3João, endereçada a Gaio, trata da hospitalidade e da constância na prática do bem.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Judas enfatiza a constância na fé contra a influência de falsos profetas.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">São esses, então, os livros que pertencem às Escrituras canônicas.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"><strong>O Cânone da Escritura</strong></p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Há forte evidência que demonstra que somente esses livros, e nenhum outro, constituem a Palavra de Deus. Um tipo de prova nos possibilita saber disso, e outro tipo dá expressão ao fato. O primeiro tipo é singular e consiste no testemunho interno do Espírito Santo falando nas Escrituras, não somente a um indivíduo em seu coração, mas também na persuasão de que esses livros da Escritura são a Palavra de Deus. “Meu Espírito está sobre vós e minhas palavras que tenho colocado na vossa boca não partirão dela (…), desde agora e para sempre” (Is. 59:21).</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">A forma como somos persuadidos é a seguinte: o eleito, tendo o Espírito de Deus, primeiramente discerne a voz de Cristo a falar nas Escrituras. Depois, aprova a voz que discerne – e, naquilo que aprova, também crê. Finalmente, ao crer, é, por assim dizer, selado com o selo do Espírito. “Em quem também, tendo credo, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Ef. 1:13).</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">É verdade que a igreja é capaz de testificar a respeito do cânone da Escritura, mas ela não pode persuadir-nos internamente de sua autoridade. Se assim fosse, então a voz da igreja teria maior força que a voz de Deus, e todo o estado de salvação do homem dependeria de homens, o que seria uma grande desgraça.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Algumas objeções tem sido levantadas contra essa visão pela Igreja Romana:</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Objeção 1: A Escritura é em si mesma a Palavra de Deus, mas isso não nos é claro exceto mediante a arbitragem da igreja.</p> <p style="text-align: justify;">Resposta:</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">(i) Isso é um contraste irrelevante. A primeira parte mostra a forma como a Escritura é a Palavra de Deus (isto é, em si mesma, como inspirada por Deus); a segunda parte mostra não a forma, mas a pessoa a quem ela é a Palavra de Deus.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">(ii) A Escritura testifica a si mesma com o tipo de testemunho que é mais exato que qualquer juramento humano. Pois temos a voz do Espírito Santo falando nas Escrituras, o qual também opera em nossos corações uma persuasão completa sobre sua inspiração, quando a ouvimos, lemos e sobre ela meditamos. Não cremos em algo somente porque a igreja diz que se deve crer, e sim, cremos porque o que a igreja diz já foi dito, antes de tudo, na Escritura.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Aliás, a igreja não se sustenta, e nem mesmo se pode imaginar sua existência, à parte da fé. E a fé não existe à parte da Palavra. Somente a Palavra é a regra ou objeto da fé, e não a opinião de meros homens, ainda que sejam santos homens.</p> <p style="text-align: justify;">(iii) A pessoa que duvida das Escrituras também duvidará do testemunho da igreja.</p> <p style="text-align: justify;">Objeção 2: A igreja tem um papel adequado a desempenhar no exercício de seu juízo ao deliberar sobre tais assuntos. Por isso a carta enviada ao concílio especial dos apóstolos e anciãos em Jerusalém coloca os seguintes termos: “aprouve ao Espírito Santo, e a nós” (At. 15:28).</p> <p style="text-align: justify;">Resposta:</p> <p style="text-align: justify;">(i) A soberania ou juízo supremo nos assuntos da fé é prerrogativa do Espírito Santo falando nas Escrituras. O ministério do juízo (ou juízo ministerial) é concedido à igreja somente porque ela deve julgar segundo as Escrituras. Mas, porque ela nem sempre faz assim, ela vez por outra erra.</p> <p style="text-align: justify;">(ii) Os apóstolos estavam presentes no concílio sediado em Jerusalém. Eles eram homens em cuja autoridade se deveria crer por si só. Mas o ministério da igreja não possui mais tal autoridade imediata.</p> <p style="text-align: justify;">Logo, a prova de declaração ou de testemunho que a igreja dá a respeito da Escritura não demonstra ou nos persuade que ela é a Palavra de Deus. Apenas lhe testifica e, de várias formas, aprova o verdadeiro cânone. Ainda assim, são várias as facetas dessa prova:</p> <p style="text-align: justify;">Primeiramente, existe o reconhecimento perpétuo da igreja em relação às Escrituras. Isso tem início com os crentes no período do Antigo Testamento, a quem foram confiados “os oráculos de Deus” (Rom. 3:2). Continua no Novo Testamento e na igreja:</p> <p style="text-align: justify;">(a) Mediante Cristo e os apóstolos, que citaram testemunhos desses livros.</p> <p style="text-align: justify;">(b) Dos Pais da Igreja: Orígenes, Melito de Sardes, Atanásio, Cirilo, Cipriano, Rufino, Hilário, Jerônimo, Epifânio, Gregório e assim por diante.</p> <p style="text-align: justify;">(c) Dos Concílios de Nicéia e de Laodicéia.</p> <p style="text-align: justify;">Em segundo lugar, há o reconhecimento parcial de pensadores pagãos e mesmo de inimigos da fé que coisas semelhantes às ensinadas na Sagrada Escritura, tais como Homero, Platão, Josefo, Lactâncio, Cícero, Virgílio, Suetônio, Tácito e Plínio, dentre outros.</p> <p style="text-align: justify;">O terceiro fator é a antiguidade da Palavra. Ela contém um registro da história humana desde o começo do mundo. Em contraste, as histórias seculares mais vetustas não foram escritas antes do tempo de Esdras e de Neemias, que viveram no século quinto antes de Cristo.</p> <p style="text-align: justify;">Quarto, a origem da Escritura é confirmada pelo cumprimento de profecias, tais como a vocação dos gentios, o anticristo e a apostasia dos judeus.</p> <p style="text-align: justify;">Quinto, há uma substância nos ensinos da Escritura: o único Deus verdadeiro, a verdadeira forma de adoração a Deus, e a verdade de que Deus é o Salvador.</p> <p style="text-align: justify;">Em sexto lugar, a harmonia de todas as diferentes partes da Escritura.</p> <p style="text-align: justify;">Sétimo, a forma notável como as Escrituras têm sido preservadas através de todas as eras de perigo e tempos de revolta geral pelos quais a igreja tem passado.</p> <p style="text-align: justify;">Oitavo, o efeito da Escritura: converte pessoas e, mesmo sendo completamente oposta ao seu pensamento e desejo, ganha-as para si.</p> <p style="text-align: justify;">Em nono lugar, a simplicidade de suas palavras está repleta da majestade de Deus.</p> <p style="text-align: justify;">Finalmente, o fato de os autores sacros não terem escondido sua própria corrupção em seu registro, apesar de Moisés se elogiar, chamando-se de o mais humilde de todos os homens. O fato de ele indicar tanto virtudes quanto defeitos é mais um argumento para crer que esses autores foram direcionados pelo Espírito Santo. Cristo, descrito nos Evangelhos, claramente reivindica ser o Filho de Deus, e um com o Pai. Ele direciona toda a glória de Deus a si mesmo. Se essa alegação não fosse correta e verdadeira, Cristo teria sentido a ira de Deus como Adão e Herodes sentiram ao tentar se tornar como Deus. Mas o que, de fato, aconteceu foi que Deus vingou sua morte contra Herodes, os judeus, Pilatos e os imperadores que perseguiram a igreja.</p> <p style="text-align: justify;">São esses, então, alguns indícios da origem divina da Escritura. À luz dessas coisas, fica claro também que o Livro de Tobias, a Oração de Manassés, o Livro de Judite, o Livro de Baruque, a Epístola de Jeremias, os acréscimos a Daniel, o Terceiro e o Quarto Livros de Esdras, os acréscimos ao Livro de Ester, 1Macabeus, 2Macabeus, o Livro da Sabedoria, e o Eclesiástico não devem ser reconhecidos como parte do cânone pelos seguintes motivos:</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">1. Não foram escritos pelos profetas.<br />2. Não foram escritos em hebraico.<br />3. No Novo Testamento nem Cristo nem os Apóstolos apelam ao testemunho desses livros.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;">Eles incluem falsas doutrinas que contradizem as Escrituras.</p> <p style="text-align: justify;"> </p><p style="text-align: justify;"> </p><blockquote> <p style="text-align: justify;">Tradução: Lucas Freire</p> <p style="text-align: justify;">Fonte: Capítulo 3 do livro <em>The Art of Prophesying</em></p><p style="text-align: justify;"><em>Via :site monergismo<br /></em></p> </blockquote> </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4748270282585970169.post-18772181372262672172007-11-13T13:13:00.000-03:002012-10-22T21:28:00.320-03:00QUANDO VEREMOS UM BRASIL MELHOR?QUANDO VEREMOS UM BRASIL MELHOR?<br />
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autor: Pr.Alceu Davi Cunha<br />
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"Ouvi a palavra do Senhor, vós filhos de Israel,porque o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque nela não há verdade,nem amor,nem conhecimento de Deus."<br />
(Os 4.1,2.)]<br />
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A carencia desses principios basicos referidos acima, na vida de um povo , determina, invariavelmente, a desordem,a violencia, o caos, o terror. Acredito que o Senhor Deus , tambem, tem uma contenda com esta terra chamada Brasil, visto nela claramente , não haver estes mesmos principios reclamados pelo profeta do velho Israel.<br />
Entre os varios segmentos da patria, especialmente, no meio daqueles que nos administram e governam, encontrariamos esta triologia bendita de verdade, amor e conhecimento de Deus? É frustrador observar que, embora a alardeada presença evangélica de mais de quinze milhões de brasileiros, com alguns até inseridos na politica, a verdade esteja comprometida e ausente nos relacionamentos vários. A mentira , me parece ter se institucionalizado.Mentem políticos, mentem testemunhas, mentem advogados e mente o homem comum. Ouvi de um conceituado jornalista esta expressão:" A única verdade que encontramos na politica brasileira, é que nela não há verdade." Enquanto isso o apóstolo Paulo escreve aos crentes de Éfeso :..." deixando a mentira , fale cada um a verdade com o seu próximo".<br />
Não havendo verdade certamente não há amor. A lacuna deixada por este atributo divino, certamente , será preenchida pelo ódio e pela violencia.<br />
Os trágicos acontecimentos registrados nesses ultimos dias , fazendo a grande São Paulo parar, é a colheita do que a sociedade tem plantado ao longo dos anos. A licença oficial para a tolerancia do pecado, o apelo hipócrita para que desviados sexuais sejam tolerados e até apreciados em seus vicios e pecados , ao invés de serem deles arrancados , o mau exemplo de representantes do povo nos escalões do governo, que se confundem em suas ações com os próprios marginais que a sociedade teme , o alimento constante de crimes , violencia, traição, desagregamento da familia , divulgados diariamente em filmes e novelas televisivas, são sementes que tem produzido os frutos amargos que tem causado esse descalabro social.<br />
A ultima carencia determinante do caotico estado de coisas em que vive a sociedade brasileira, é do conhecimento de Deus. No passado , foi construido entre os gregos um altar ao Deus desconhecido.Hoje, não obstante o eterno Deus ter se revelado claramente em sua Palavra... e um povo ter sido comissionado para proclamar as suas virtudes, continua desconhecido da nossa gente. No entanto, é bem conhecido, o chamado deus brasileiro, este coexiste tranquilamente com os orixas , com a idolatria de aparecida , com confissão e determinante , com promessas de um paraiso terrestre, com um cristianismo sem cruz e sem renuncia , com uma fé que não exige arrependimento e nem transformação.<br />
Oh! Que ouçamos a palavra do Senhor e despertemos para que sintonizados a ela marquemos uma presença mais luminosa. Inflamados pelo evangelho de Cristo, sejamos agentes de transformação , testemunhas da graça e do poder de Deus. Comprometidos com a verdade, no vinculo da perfeição que é o amor, tornemos o verdadeiro Deus mais conhecido, amado e adorado, pela pregação fiel do evangelho, e pela presença de Cristo em nossa vida.<br />
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A Ele a glória sempterna, o louvor perene e a adoração exclusiva em espirito e em verdade . Então quem sabe, veremos , finalmente um Brasil melhor. Amém!<br />
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autor: Pr.Alceu Davi Cunha<br />
transcrito do boletim da 1 Igreja Presbiteriana de São Bernardo do Campo, 21 de maio de 2006.Unknownnoreply@blogger.com0